A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de vereadores de João Pessoa, aprovou nesta segunda-feira (16) o projeto de Eliza Virgínia (PP), que proíbe mulheres trans de disputar em equipes femininas de futebol.
Eliza disse que as mulheres trans levariam vantagem frente às mulheres cisgênero, pois teriam mais testosterona no corpo.
A vereadora utilizou como exemplo a jogadora de vôlei Tifany afirmando que a atleta quando jogava na equipe masculina não se destacava tanto quanto depois que passou a integrar a equipe feminina.
“É injusto tirar o lugar das mulheres no esporte”, disse Eliza e completou: “Se mulher trans puder jogar em qualquer time, uma equipe contrata um monte de trans para ganhar todas as competições”, disse.
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A parlamentar acrescentou que vai procurar apoio de Sandra Marrocos (PSB) na comissão de Direitos Humanos, para onde segue a proposta antes de ir a plenário. “A feminista não luta pela sororidade, vamos ver agora. Ela vai deixar que as mulheres trans tomem o lugar de mulheres ‘biológicas’?”, finalizou.
Em contato com o Portal Paraíba.com.br o coordenador do Centro LGBT de João Pessoa, Roberto Maia, explicou a necessidade da inclusão de pessoas trans nos esportes e desmistificou a suposta ‘vantagem’. Maia ressaltou que mulheres trans usam hormônio feminino como qualquer mulher cisgênero e que embora tenham nascido com sexo biológico masculino, o gênero é feminino.
“Temos que incluir as pessoas trans também no esporte, não só no mercado de trabalho, escolas, universidades… é um direito delas estarem nesse lugar também”, disse.
Fonte: Paraíba.com
Créditos: Paraíba.com
