A ex-candidata presidencial e ex-primeira-dama da Guatemala Sandra Torres foi presa nesta segunda-feira (2) por sua conexão com um caso de corrupção em seu partido em 2015, informou a promotoria.
Torres, 63, foi presa em sua residência em um bairro de luxo nos arredores da cidade da Guatemala, a porta-voz do Ministério Público.
A ex-primeira dama social-democrata perdeu em 11 de agosto a votação presidencial frente ao médico de direita Alejandro Giammattei.
Durante a campanha, ela gozou de imunidade por causa de sua condição de candidata à presidência.
Em fevereiro passado, o Ministério Público pediu para retirar o foro de Torres para investigá-la depois de ser revelado que cerca de US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 10,4 milhões, na cotação atual) não foram relatados por ela nas despesas da campanha eleitoral de 2015.
Naquele ano, como neste, Torres era candidata à presidência da Unidade Nacional de Esperança Social Democrata (UNE), que havia levado seu ex-marido ao poder, ex-presidente Álvaro Colom (2008-2012), de quem ela se divorciou em 2011 para competir pela primeira vez.
Os fundos foram entregues ao partido por duas empresas guatemaltecas, mas nunca foram incluídos nos relatórios que apresentaram ao Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), disse o promotor Juan Francisco Sandoval em entrevista coletiva.
Ajuda da ONU
A investigação envolveu a Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), uma entidade ligada à ONU que ajudou a combater a corrupção no país, e concluirá seu mandato nesta terça-feira (2) após 12 anos de trabalho.
Fonte: G1
Créditos: G1