O governador João Azevêdo revelou em entrevista à Folha de São Paulo que em quase sete meses de gestão já foi retaliado diretamente pelo governo federal em duas ocasiões. O primeiro episódio envolve a implantação de um VLT (veículo leve sobre trilhos) em Campina Grande, cujo prefeito, Romero Rodrigues (PSDB), é aliado do presidente. Em janeiro, o governador havia se reunido com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para solicitar a liberação de uma faixa de um terreno da União para implantação do VLT. A obra seria tocada com recursos do governo paraibano. O prefeito de Campina Grande foi até Bolsonaro e conseguiu que o presidente gravasse um vídeo afirmando que a intervenção seria feita pela prefeitura. A reunião que o governador teria com o ministro para finalizar as tratativas do projeto, no dia 17 de julho, foi suspensa sem explicação, diz. O outro caso de retaliação citado pelo governador envolve a liberação de recursos, na ordem de R$ 60 milhões, para execução de dragagem no porto de Cabedelo.
Fonte: Os Guedes
Créditos: Lenilson Guedes