Os interesses econômicos na reserva Wajãpi começaram após o golpe de 2016, quando, no ano seguinte, o governo de Michel Temer (MDB) editou um decreto extinguindo a Renca (Reserva Nacional do Cobre e Associado). Veja vídeo sobre os indígenas abaixo. Após um mês o governo Temer revogou o decreto, mas já expôs os grandes interesses de grupos econômicos sobre o governo e a reserva. Em 6 meses do governo Bolsonaro (PSL), vários indígenas e lideranças rurais já foram assassinadas.
Artistas, entre eles Caetano Veloso e Criolo publicaram vídeos nas redes sociais pedindo ajuda aos índios Wajãpi. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que também publicou vídeo, afirmou em denúncia que o assassinato de Emyra Waiãpi ocorreu na última quarta-feira (24), durante um ataque à aldeia Mariry.
O senador Randolfe Rodrigues reclamou que “não houve nenhuma manifestação da Funai, nem foi possível contato com a Polícia Federal para ser tomada alguma providência”.
O ataque desta semana começou na verdade há dois anos. O governo de Michel Temer (MDB), que tomou o poder federal por meio de um golpe parlamentar em 2016, publicou no dia 23 de agosto de 2017 o decreto que extingue a Reserva Nacional de Cobre e Associadas (Renca), uma área de 47 mil quilômetros quadrados entre o Pará e o Amapá – o equivalente ao tamanho do estado do Espírito Santo. A região, que é rica em ouro e outros minérios, engloba também nove áreas protegidas, entre florestas estaduais, reservas ecológicas e terras indígenas. (Veja Link)
A Funai (Fundação Nacional do Índio) confirmou a morte, mas não deu detalhes sobre o crime. Segundo relatos dos índios, o cacique foi atacado durante uma invasão de cerca de 50 garimpeiros à região.