Futebol Feminino

Lu Meireles detalha primeiros meses no Flamengo

Aprendizado e um processo intenso de evolução. É assim que a principal jogadora do futebol feminino da Paraíba, Lu Meireles, tem avaliado o início da sua passagem pelo time do Flamengo/Marinha.Contratada no mês de abril, a atacante vai buscando o seu espaço em meio a uma concorrência feroz no clube que luta pelo título da elite do Campeonato Brasileiro. No entanto, aos 31 anos, ela garante que a adaptação foi muito rápida e espera logo logo conquistar uma vaga entre as titulares e, assim, se tornar a artilheira que sempre foi na Paraíba.

Com a camisa do Flamengo/Marinha, Lu conta que não teve problema na adaptação, mas que o principal desafio foi mesmo compreender a carga de treinamentos, algo que jamais havia visto no futebol até então. Antes do time carioca, a atacante passou pelo Botafogo-PB, onde foi o grande destaque por vários anos, além de pela Ferroviária, equipe de Araraquara.

– Diferente da minha chegada ao interior de São Paulo, aqui no Rio de Janeiro eu não tive problemas para me adaptar. A cidade e o time sempre foram muito acolhedores. A dificuldade que encontrei aqui no início foi mesmo a carga de treinamentos. As atividades aqui no Flamengo são bem diferentes daquelas com as quais eu já havia trabalhado nos clubes anteriores. Quando se fala em carga de alto rendimento, é verdade, é bem intensa. Quanto ao resto, é tudo muito tranquilo – relatou a paraibana.

Aos 31 anos, Lu Meireles ainda tem muita lenha para queimar, quer conquistar títulos, sonha em voltar a jogar pela seleção brasileira, algo que conseguiu em 2017, quando foi convocada para um período de treino no time que na época era dirigido por Emily Lima.

Dois anos depois, mais experiente e com mais clubes no currículo, a atacante reconhece que a meta atual é lutar pelo espaço entre as titulares do Flamengo/Marinha. O clube está na quarta colocação do Campeonato Brasileiro. No Rubro-Negro, Lu é uma das oito atacantes que o time tem à disposição. A concorrência é realmente enorme.

– A minha avaliação até aqui é muito positiva. A dificuldade que encontrei foi bem normal, eu já esperava. Eu acredito que, hoje, já consigo treinar no nível do time, ou seja, a briga agora é mesmo pela posição. O elenco do Flamengo/Marinha é grande, são 31 jogadoras. Por isso, a luta é constante, é árdua. Tem meninas que estão aqui há dois, três e até sete anos. É preciso trabalhar para conquistar o espaço, mas as coisas estão indo muito bem, acredito que estou me firmando. Quem sabe eu não consigo ser para o Flamengo o que fui para o Botafogo-PB? – disse a atacante, repleta de expectativas.

Por sinal, até aqui, foram dois jogos disputados e um gol marcado. Foi no empate com o Vitória em 2 a 2, pela nona rodada do Brasileirão. O Flamengo/Marinha perdia a partida quando a paraibana igualou o marcador e decretou o resultado.

Militar da marinha, a paraibana vai agregando conhecimento, mostrando talento e provando a cada dia que ainda tem muito a oferecer para o futebol feminino brasileiro. E, aproveitando a estrutura do Flamengo, ela projeta uma evolução plena como atleta.

– O Flamengo/Marinha nos dá uma estrutura para o alto rendimento. O crescimento é só questão de tempo, tanto para mim quanto para as demais atletas. A gente se desenvolve mais ainda como atleta. Sem dúvida, poder fazer parte desse clube é um privilégio – finalizou.

 

Fonte: Globo Esporte PB
Créditos: Polêmica Paraíba