Vereadores de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina, decidiram em tempo recorde aumentar a verba de gabinete para um limite de até 25% do valor pago para a mesma estrutura na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e estabeleceram um vale-alimentação no valor de R$ 1 mil.
A decisão foi tomada em pouco mais de 20 segundos, durante sessão ordinária que ocorreu na noite da última quarta-feira (10), pouco antes de iniciar o recesso parlamentar da metade do ano.
O presidente do Legislativo, Roberto Katumi (PSD), teria introduzido o texto em meio a outras propostas, sem qualquer explicação ou questionamento, abrindo para a discussão sem nenhuma manifestação de oposição, colocando em seguida para votação sem o uso do placar.
O que dizem os vereadores
A vereadora Maria da Graça Dutra (MDB) disse que o aumento na verba já estava previsto e que há anos não havia nenhum reajuste. “O salário dos vereadores não é alto e a maioria gasta no próprio gabinete. Acho que a
gente tem que se valorizar porque trabalhamos das 8h da manhã sem hora para terminar. Então não vejo porque a demonização desse aumento que já estava previsto”, declarou.
Para o parlamentar Lino Peres (PT), o aumento é legítimo pois se destina a corrigir o salário dos assessores que está defasado. “Não há condições de ter uma equipe para os trabalhos sociais que desenvolvemos sem pagar salários adequados. Tem assessores ganhando menos que o salário mínimo; o aumento é para corrigir essas defasagens”, afirmou.
O vereador Fabrício Correia (PSB) é contrário ao projeto e disse estar “muito aborrecido” com a forma como o processo foi conduzido. “Foi votado em questão de segundos, aos 45 do segundo tempo. Além disso, a votação foi em bloco e nem tive tempo de me manifestar contra essa verba e o vale-alimentação. Esperava que a votação fosse realizada de forma eletrônica e individual, mas quando vi já tinha sido aprovado”, afirmou. Fabrício disse ainda que abrirá mão dos valores adicionais.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba