22 anos de casa

'O TRABALHADOR VAI PODER NEGOCIAR COM O PATRÃO': Ex-superintendente da TV Cabo Branco assina acordo trabalhista e perde R$ 2 milhões

O acordo feito pelas partes foi de R$ 934.000,00

Após dois anos na justiça, o juiz do trabalho Arnaldo José Duarte do Amaral, da 9ª vara do trabalho de João Pessoa, em audiência de conciliação realizada no último 31 de maio de 2019, homologou o acordo da ação trabalhista do ex-superintendente da TV Cabo Branco, afiliada da Rede Globo na Paraíba, Guilherme Lima, contra a emissora.

O valor total requerido pela defesa era de R$ 3.459.496,28 (três milhões, quatrocentos e cinquenta e nove mil, quatrocentos e noventa e seis reais e vinte e oito centavos). O acordo feito pelas partes foi de R$ 934.000,00 (novecentos e trinta e quatro mil reais).

Confira o termo de audiência

Entenda o caso

Guilherme Lima esteve a serviço da Cabo Branco por quase 22 anos e consolidou a marca no mercado paraibano. A petição revela que o desligamento de Guilherme, que aconteceu em 2016, se deu após o diagnóstico de um câncer. A redação do Polêmica Paraíba teve acesso a petição por meio de uma mensagem de aplicativo, que foi enviada de forma anônima.

A petição revelou que desde 1997 não era repassado ao superintendente a participação de 3% nos lucros da empresa, que foi firmado em contrato. A justificativa dada pelo diretor presidente e acionista Eduardo de Oliveira Carlos da Silva é que o valor seria quitado quando a situação econômica permitisse ou quando o durante a rescisão de contrato. Quando Guilherme anunciou sua saída, calculou os valores de 20 anos não em 3%, mas em 1,8%. O valor total contabilizado de participação no resultado das empresas é de R$ 2.382.243,00 (dois milhões, trezentos e oitenta e dois mil e duzentos e quarenta e três reais).

O processo também verificou que o superintendente acumulou funções e requere-se que seja atribuído como acúmulo de função o percentual de 40% (quarenta por cento) da remuneração pela gestão concomitante de sete empresas do mesmo grupo econômico, quando o acordo estabelecido por ocasião de sua contratação contemplava tão-somente a gestão das empresas de rádio e televisão, sem incluir a gestão de jornais impresso ou online.

Por tais razões somou-se o pagamento de R$ 1.077.253,28 (um milhão, setenta e sete mil, duzentos e cinquenta e três reais, e vinte e oito centavos).

O valor total requerido foi de R$ 3.459.496,28 (três milhões, quatrocentos e cinquenta e nove mil, quatrocentos e noventa e seis reais e vinte e oito centavos). A petição foi assinada pelos advogados Bruno Barsi e Rodrigo Menezes Dantas.

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A redação do Polêmica Paraíba entrou em contato com o advogado de Guilherme Lima, que preferiu não se pronunciar a respeito da decisão do juiz. Também tentamos falar com a TV Cabo Branco, mas até o fechamento dessa matéria não obtivemos retorno.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba