O porta-voz da FAB (Força Aérea Brasileira), major Daniel Oliveira, afirmou hoje que um Inquérito Policial Militar foi aberto para investigar como o sargento preso na Espanha na última terça-feira (25), sob suspeita de transportar 39 quilos de cocaína, conseguiu embarcar com droga em avião oficial para a Europa.
Uma dos pontos que o inquérito deverá apurar, disse o porta-voz, é se a tripulação da aeronave passou por inspeções, como as feitas por equipamentos de raio-X, antes do embarque e da decolagem.
O major disse que, em voos destinados para o transporte de pessoas, a inspeção de bagagens é feita pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional) – responsável também pela segurança do presidente da República.
Mas como o voo em questão era de uma aeronave reserva, disse o porta-voz, a checagem das bagagens foi feita apenas pela FAB.
O sargento brasileiro preso com 39 quilos de cocaína estava em um voo de apoio à delegação do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que deveria fazer escala na Espanha em sua viagem à reunião do G20, no Japão.
Após o incidente, a escala foi alterada para Lisboa, em Portugal.
“Não admitimos criminosos”
O ministro da Defesa, Fernando de Azevedo e Silva, disse hoje que a pasta não vai “admitir criminosos”, em referência ao militar preso.
“Houve quebra de confiança”, continuou o ministro, em um pronunciamento que durou menos de cinco minutos.
Ele também disse que o Ministério da Defesa vai divulgar todas as informações que puderem ser disponibilizadas sobre o caso e classificou o caso de “inadmissível”.
Fonte: Uol
Créditos: Uol