O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou que a solução para acabar com o tráfico e com “vagabundos bandidos” na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, é o lançamento de mísseis contra a região para “explodir aquelas pessoas”.
“O vagabundo bandido quer atalho e aí nós cidadãos não vamos aceitar isso. A nossa polícia não quer matar, mas nós não queremos ver cenas como aquelas que nós vimos, na Cidade de Deus, que se fosse com autorização da ONU em outros lugares do mundo, nós tínhamos autorização para mandar um míssil naquele local e explodir aquelas pessoas”, disse Witzel.
A polêmica declaração foi rechaçada por ONGs de Direitos Humanos e parlamentes. A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputada Renata Souza (PSOL), disse que a fala revela uma mentalidade autoritária e violenta e que segurança pública se faz com estratégia, prevenção e inteligência, não com mísseis e execuções sumárias.
A ONG Redes da Maré declarou que o que governador fala soa como uma carta branca para policiais que atuam ao arrepio da lei nas favelas do Rio de Janeiro.
"Na CDD, com autorização da ONU, nós teríamos autorização para mandar um míssil naquele lugar e explodir aquelas pessoas…"
Assustadoramente, disse o GOVERNADOR do Rio de Janeiro, sobre operações na favela da CDD com troca de tiros.
Palavras de um GOVERNADOR! pic.twitter.com/aUSU2DQ78O
— Betinho Casas Novas (@BetinhoCasas) June 14, 2019
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba