O Ministério da Agricultura informou nesta segunda-feira, 03, que o Brasil suspendeu temporariamente a exportação de carne bovina para a China depois da confirmação de um caso atípico de vaca louca no Mato Grosso.
A medida faz parte de um acordo assinado entre os países, que prevê a suspensão automática e preventiva quando esse tipo de doença é detectado. O ministério disse que já enviou a documentação exigida pela China para liberar novamente a exportação e destacou que não há risco sanitário no Brasil.
O caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) atípico, doença conhecida como vaca louca, foi confirmado na sexta-feira num animal de 17 anos, que foi abatido e incinerado em um matadouro. Produtos derivados do animal foram localizados e apreendidos, de modo que não há risco para a população.
O ministério afirmou que a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) encerrou nesta segunda-feira o caso e classificou o risco para a doença como insignificante. “A OIE informou ainda que não haverá relatórios suplementares”, acrescentou.
O ministério lembrou que, em mais de 20 anos, o Brasil registrou apenas três casos de vaca louca atípica, que surge de maneira espontânea e esporádica e não está relacionado à ingestão de alimentos contaminados, e nenhum da forma tradicional da doença que pode levar ao fechamento de todos os mercados.
A China é um dos principais compradores de carne brasileira. Nos quatro primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 537 mil toneladas de carne bovina, dos quais 97,7 mil toneladas tiveram como destino o mercado chinês.
Causada por proteínas alteradas, a vaca louca foi identificada na década de 1980. No auge da epidemia no Reino Unido, em 1992, mais de 37 mil casos foram confirmados. A doença pode ser transmitida ao homem pela ingestão de carne contaminada.
Fonte: DW Brasil
Créditos: DW Brasil