
A juíza federal substituta da Justiça Militar Mariana Queiroz Aquino Campos aceitou hoje a denúncia oferecida pelo Ministério Público Militar contra 12 integrantes do Exército por terem atirado contra o carro do músico Evaldo Rosa dos Santos e causado a morte dele em 7 de abril deste ano, em Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro.
A denúncia também inclui a morte do catador de papel Luciano Macedo, que foi atingido ao tentar ajudar as vítimas, e fala em “atentado contra a vida” do padrasto da mulher de Evaldo, Sérgio Gonçalves de Araújo, que também estava no veículo e foi atingido, mas sobreviveu.
Com a decisão da 1ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar, eles se tornaram réus e responderão pelos crimes de duplo homicídio qualificado, tentativa de homicídio e omissão de socorro.
Para a magistrada, a acusação está “revestida das formalidades legais” e, por essa razão, ela recebeu a denúncia. A juíza determinou ainda que os réus deverão ser citados de sua decisão na segunda-feira (13), quando será realizado o sorteio do Conselho Especial de Justiça. No próximo dia 21, haverá audiência para ouvir testemunhas de acusação e de defesa.
Nove dos 12 réus já estão presos preventivamente há cerca de um mês. Dos três militares que estão em liberdade, o soldado Leonardo Delfino Costa chegou a ser preso, mas foi liberado por não ter atirado. Porém, ele foi denunciado hoje pelo MP Militar.
Réus presos
- Fabio Henrique Souza Braz da Silva, 21, 3º sargento
- Gabriel Chistian Honorato, 21, soldado
- Gabriel da Silva de Barros Lins, 21, soldado
- Italo da Silva Nunes, 25, 2º tenente temporário
- João Lucas da Costa Gonçalo, 20, soldado
- Leonardo Oliveira de Souza, 24, cabo
- Marlon Conceição da Silva, 21, soldado
- Matheus Sant’Anna Claudino, 23, soldado
- Vitor Borges de Oliveira, 21, soldado
Réus que estão em liberdade
- Leonardo Delfino Costa, 20, soldado
- Paulo Henrique Araújo Leite, 25, cabo
- Wilian Patrick Pinto Nascimento, 21, soldado
Além das mortes do músico e do catador de papel, segundo a procuradoria, os militares expuseram a população local a uma situação de perigo e não socorreram imediatamente as vítimas.
Evaldo morreu no local. Luciano ficou gravemente ferido após tentar socorrer Sérgio e morreu após ficar 11 dias hospitalizado. De acordo com a denúncia, o catador de papel só foi socorrido depois da chegada do Corpo de Bombeiros.
Fonte: Uol
Créditos: Uol