O Ministério Público Militar denunciou nesta sexta-feira (10) doze militares que participaram da ação em que duas pessoas foram mortas em Guadalupe, zona oeste do Rio de Janeiro. Eles são acusados de duplo homicídio qualificado e um tentativa de homicídio, segundo a promotoria os militares envolvidos efetuaram 257 tiros de fuzil e pistola durante a ação, dos quais 62 atingiram o carro em que estavam as vítimas.
Na ação morreram o músico Evaldo Rosa dos Santos e o catador Luciano Macedo, e Sérgio de Araújo, sogro do músico, ficou ferido. O crime ocorreu no dia 7 de abril, quando a família ia para um chá de bebê.
De acordo com o resultado das investigações os militares confundiram o carro da família de Evaldo com o usado por criminosos num assalto que haviam visto minutos antes.
Para as promotoras Najla Nassif Palma e Andrea Helena Blumm Ferreira, que assinam a denúncia, os militares agiram com excesso nos dois momentos: tanto nos disparos feitos no momento do assalto quanto ao avistar o Ford Ka de Evaldo.
“A conduta dos denunciados desrespeitou o padrão legal de uso da força e violou regras de engajamento previstas para operações análogas, em especial o emprego da força de forma progressiva e proporcional e a utilização do armamento, sem tomar todas as precauções razoáveis para não ferir terceiros. Sendo assim, os denunciados incorreram no crime tentado de homicídio qualificado por meio de que possa resultar perigo comum”, afirma o MPM.
O advogado Paulo Henrique Pinto Mello, que defende os militares envolvidos no caso, afirmou que ainda não foi notificado sobre a denúncia.
“O próximo passo é analisar a denúncia e ver como ela será recebida, a defesa vai aguardar. Tem um habeas corpus a ser julgado”, disse o advogado.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba