Para separar uma briga entre estudantes, dentro de uma escola em Ceilândia, um policial militar foi filmado agredindo e imobilizando alunos na quadra de esportes do Centro Educacional 7, na manhã desta sexta-feira (26/4). O colégio é uma das unidades do DF com gestão compartilhada entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), desde 1º de fevereiro. A ação dos profissionais das forças de segurança assustou outros estudantes, que registaram a situação em vídeo.
As imagens mostram o momento em que um dos policiais arremessa o aluno ao chão. O rapaz permanece deitado e outros policiais conferem se ele está bem. Em outro momento, é possível ver um segundo estudante sendo imobilizado pelo pescoço.
A Secretaria de Educação, por meio de nota, disse que os policiais agira para “evitar que os alunos se machucassem” durante a briga. O texto também informa que o caso será investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), para onde os estudantes foram encaminhados após o ocorrido.
A Polícia Militar do Distrito Federal também se pronunciou. Em nota, a corporação disse que a confusão envolveu três alunos, durante a formatura geral, quando um dos estudantes teria pedido aos colegas que “colaborassem com a disciplina”. Neste momento os rapazes teriam iniciado a agressão contra o adolescente.
Ainda de acordo com a PMDF, diante da situação, o monitor interveio e “deitou por cima do adolescente agredido, que se encontrava no chão, a fim de protegê-lo. Entretanto, os outros dois alunos continuaram as agressões, inclusive contra o policial militar”, diz o comunicado enviado ao Correio.
Após o horário das aulas, estudantes de diversas turmas se reuniram em frente à unidade em protesto. Aos gritos, os estudantes bradavam “Fora PM”. Jovens, que não quiseram se identificar detalharam o espisódio. “Eles foram muito violentos. Quando começou a confusão, jogaram o menino no chão. Nunca tinha visto isso. Sei que ele se machucou e outro ainda levou uma cotovelada e saiu sangrando”, contou um estudante.
Revoltadas, mães de alunos também compareceram à escola na manhã e início de tarde desta sexta-feira. “Nossos filhos estão aqui para estudar e não para apanhar. Os policiais não podem agir dessa forma. É um absurdo”, reclamou uma mãe, que, por medo, também preferiu se manter em anonimato.
Fonte: Correio Braziliense
Créditos: Correio Braziliense