Alguns desfechos são aguardados após a suposta delação premiada da ex secretária Livânia Farias. Quando foi presa por agentes da Operação Calvário ao desembarcar no Aeroporto Castro Pinto, de Bayeux , Livânia tinha uma agenda com anotações feitas durante a sua volta para o estado.
As anotações de Livânia, feitas numa agenda com a logomarca do Sebrae, falariam Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco e o desembargador Ricardo Vital de Almeida. No texto, ela listaria os dois como seus algozes e teria apontado familiares de um e de outro como servidores públicos que receberiam salário sem trabalhar.
A agenda estava entre os pertences revistados logo após o desembarque em solo paraibano. Foi apreendida, digitalizada e devolvida. Aos advogados dela.
A delação premiada, cujo conteúdo é tão esperado pela Paraíba, teria alguma parte referente ao caso? A verdade é que o executivo, o legislativo e agora o judiciário estão aguardando tensos o que quer que Livânia tenha revelado.
ENTENDA O CASO
Livânia Farias foi secretária estadual de Administração até sexta-feira (15) passada, cargo do qual pediu exoneração por ser investigada pelo Gaeco (Grupo de Ação Especial contra o Crime Organizado, do Ministério Público da Paraíba) na Operação Calvário.
Ela esteve à frente de grandes contratos e licitações firmados pelo governo estadual nos últimos oito anos. Destaque para aquele celebrado com a CVRS, a organização social descrita pelo Gaeco como organização criminosa que ainda administra o Hospital de Trauma de João Pessoa.
Os tribunais de contas do Estado (TCE-PB) e da União (TCU) encontraram graves irregularidades na terceirização do Trauma. Gaeco e Polícia Federal apuraram que a Cruz pagou propina e mensalão a Livânia e a outros membros do governo.
VEJA O ARTIGO DE RUBENS NÓBREGA:
O DIÁRIO DE LIVÂNIA
Fonte: Polêmica Paraíba e Rubens Nóbrega
Créditos: Polêmica Paraíba e Rubens Nóbrega