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MORDAÇA: Colégio demite professor após vídeo com crítica a Bolsonaro viralizar

“Estamos vivendo um momento em que colocaram um imbecil lá que quer que preto, pobre, mulher, gay e transexual se ferre”, diz o professor de geografia na gravação

Um professor foi demitido de uma escola em São José dos Campos, em São Paulo, após ser filmado criticando o presidente Jair Bolsonaro durante uma aula. O vídeo foi publicado na página ‘Escola Sem Partido’, no Facebook, e logo viralizou.

“Estamos vivendo um momento em que colocaram um imbecil lá que quer que preto, pobre, mulher, gay e transexual se ferre”, diz o professor de geografia na gravação.

Segundo relatos, o docente do Colégio Poliedro foi questionado por alunos sobre a situação política no Brasil, disse que essa era sua opinião pessoal e teria se colocado aberto para o debate.

A direção da instituição de ensino decidiu demitir o profissional e disse que as orientações dadas aos professores “incluem usar uma linguagem adequada ao ambiente acadêmico e indicações explícitas sobre o não posicionamento político-partidário ou ideológico que possam provocar qualquer compreensão equivocada sobre aquilo que é conteúdo programático da disciplina e aquilo que é opinião do professor”.

“Em virtude dos pontos mencionados, o docente foi desligado da instituição. Independentemente do posicionamento pessoal do professor, o que buscamos foi nos manter dentro dos princípios e valores da instituição”, completa a direção.

A instituição também reforça que é proibido que alunos gravem ou filmem aulas sem a autorização do professor e que não aprova “qualquer atitude que possa coibir a atividade docente em suas diferentes dimensões”. O Poliedro diz que o estudante responsável pela gravação também recebeu uma punição.

Segundo a Folha, um funcionário da escola, que pediu para não ser identificado, disse que o corpo docente do colégio tem sido alvo de ataques por pais de alunos desde as eleições de 2018. Ele conta que, agora, com a divulgação do vídeo, a escola sofreu “fortes pressões” e pedidos “pela cabeça do professor”.

Fonte: bahia.ba
Créditos: bahia.ba