O segundo paciente mora no município de Tavares, mas trabalha no Conde. Ele deu entrada inicialmente no Hospital Ortotrauma, o Trauminha de Mangabeira, mas após a confirmação de malária foi transferido para o HU, referência para o tratamento. Ele continua internado no setor de doenças infecto-parasitárias.
O primeiro caso confirmado de malária também veio da cidade do conde. Uma mulher de 35 anos segue em tratamento no Hospital Universitário Lauro Wanderley. O tratamento estava previsto para terminar no sábado, mas não há previsão de alta porque ela precisa pasar por uma reavaliação médica.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, a Paraíba não é área endêmica para malária. De 1994 a 2018 foram notificados 175 casos suspeitos de Malária. Destes, 70 são de pacientes residentes na Paraíba e todos foram registrados como casos importados, ou seja, pessoas que se deslocaram para regiões endêmicas, foram infectadas e retornaram para o estado de residência. Nenhuma morte foi registrada.
Orientações
As secretarias de Saúde da Paraíba e do Conde divulgaram algumas orientações para possíveis casos suspeitos de malária.
Toda pessoa residente ou que tenha se deslocado para área endêmica para malária, no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas, e que apresente febre alta e intermitente (periódica entre 42 a 72 horas) acompanhada ou não de cefaléia, calafrios, sudorese, cansaço ou mialgia.
Diante da suspeita, avaliar a clínica e solicitar teste rápido para Malária e/ou gota espessa (lâmina). As secretarias ressaltam que é importante também investigar outras arboviroses como dengue, zika e chikungunya.
A doença
A malária não é uma doença comum na Paraíba, mas ela é transmitida pela fêmea do mosquito Anopheles, que pode ser encontrado na Paraíba nas espécies An.aquasalis; An. albitarsis; An.bellator e An. Argyritarsis.
É necessário que o mosquito esteja infectado pelo protozoário Plasmodium nas espécies P. vivax, P. falciparum e P. malariae, que age na corrente sanguínea para causar a doença.
Além da transmissão por mosquito, a doença pode ser difundida por contato de uma corrente sanguínea com o sangue contaminado.
Fonte: Jornal da Paraíba
Créditos: Jornal da Paraíba