“Imagina ficar o tempo todo com esse abacaxi”, disse Bolsonaro pouco antes de retornar da viagem oficial a Israel. “Com esse abacaxi, não, com essa quantidade de problemas nas costas. A gente vai tocando o barco”, disse em seguida visando minimizar o teor da declaração anterior.
A afirmação sobre a Presidência da República ser um “abacaxi” foi feita após repórteres questionarem se a visita a Israel tinha alguma relação com a tentativa de reeleição do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “De jeito nenhum, sou maior de idade, sexagenário”, respondeu. “Tenho uma grande afinidade com ele. É paraquedista como eu, é capitão também”, completou em seguida.
“Sabemos que Netanael é passageiro, daqui a pouco muda. Eu também sou passageiro no Brasil. Graças a Deus, né? Imagina ficar o tempo todo com esse abacaxi”, disse pouco antes de tentar corrigir a declaração.
Bolsonaro também tentou minimizar o estrago feito em relação a decisão de abrir um escritório de negócios Brasil em Jerusalém, ao contrário da promessa de campanha desseguir o exemplo dos EUA e transferir a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém. O qe desagradou os países árabes e ameaça bilhões de dólares em exportações.
“Não estamos no Brasil, eu, na minha situação, de procurar encrenca com ninguém. Eu quero é solução, todos aqueles que puderem fazer negócio conosco, da minha parte, vai ter todo carinho e consideração, mas tem que respeitar o Estado de Israel”, disse. “Respeito o povo palestino. Não posso concordar com grupos terroristas, aí complica. Se não iria contra a minha biografia, que combati esse pessoal da esquerdalha desde 70”, completou em referência ao Hamas, organização palestina que controla a Faixa de Gaza.