O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu formalmente nesta segunda-feira (25/03) a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, um território disputado com a Síria e que Israel anexou em 1981.
O governo do presidente sírio, Basahr al-Assad, respondeu de imediato e afirmou que a decisão é um ataque à soberania e à integridade territorial da Síria.
O decreto de reconhecimento foi assinado no início de um encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Washington. Trump justificou a medida com as “ações agressivas” do Irã e de grupos “terroristas” contra Israel.
Netanyahu disse que se trata de um dia histórico e que Trump é o melhor amigo que Israel já teve.
A decisão certamente será mal recebida no mundo árabe, no Irã e também na Turquia, que já haviam alertado Trump para não dar esse passo depois de o presidente americano tuitar a respeito, na semana passada.
Em Israel, o reconhecimento pode significar um forte impulso para a campanha eleitoral de Netanyahu, que tenta a reeleição numa eleição antecipada, em 9 de abril, e que está sendo duramente disputada. Jamais renunciaremos a elas, afirmou Netanyahu, ao lado de Trump.
A decisão de Trump contradiz décadas de política diplomática dos Estados Unidos e também a posição internacional, expressa em resoluções do Conselho de Segurança, apoiadas também pelos Estados Unidos.
Israel conquistou as Colinas de Golã em 1967, durante a guerra árabe-israelense. O primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, acusa o Irã de tentar estabelecer uma rede terrorista nessa região para lançar ataques contra seu país a partir de lá e utiliza esse argumento para tentar obter reconhecimento internacional sobre o território.
As Colinas de Golã foram formalmente anexadas por Israel em 1981. A comunidade internacional considera a região um território ocupado, e a Síria exige sua devolução como precondição para um futuro acordo de paz.
Fonte: PODER 360
Créditos: PODER 360