Balanço

'A LAVA-JATO MOSTROU QUE A LEI É PARA TODOS': juiz paraibano faz balanço positivo das investigações

A operação Lava-Jato completou cinco anos de existência e um recorde de números que demonstram a eficácia das investigações sobre os desvios de recursos na Petrobrás.  As penas obtidas pela operação já alcançam 2.522 anos contra 159 réus, envolvendo políticos e empresários. Desde que teve início, a força tarefa já conseguiu recuperar R$ 39,9 bilhões.

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A operação Lava-Jato completou cinco anos de existência e um recorde de números que demonstram a eficácia das investigações sobre os desvios de recursos na Petrobrás.  As penas obtidas pela operação já alcançam 2.522 anos contra 159 réus, envolvendo políticos e empresários. Desde que teve início, a força tarefa já conseguiu recuperar R$ 39,9 bilhões.

Para o juiz paraibano Onaldo Queiroga, da 5ª Vara Cível de João Pessoa, a operação lava-jato trouxe avanços no combate à corrupção e mostrou que a ‘lei é para todos’, como diz a Constituição de 1988. A despeito das acusações de falhas nos processos, o magistrado defende que o resultado das investigações é positivo.

“Eu a vejo a operação com um sentido muito positivo, pois terminou por proporcionar uma varredura de crimes, principalmente de grande monta, em relação a pessoas importantes, de vários partidos que nós temos visto, e  grandes empresários”, disse.

Onaldo defende que há uma nova mentalidade no país, “de se passar o Brasil a limpo no sentido de endurecer as investigações e fazer a lei para todo o cidadão”, pontuou.

O advogado criminalista Inácio Queiroz reconhece os avanços da Lava-Jato no sentido da coragem de seus idealizadores em ir a fundo nas investigações contra pessoas consideradas ‘intocáveis’ pela lei, mas fez críticas à condução de alguns processos.

Ele afirmou que pessoas investigadas não podem ser condenadas sem o devido processo legal e revelou que, de acordo com a própria Polícia Federal, 52% das investigações não detectaram culpados.

‘É uma operação corajosa, pois saímos daquele dilema de que quem tinha dinheiro nem sequer respondiam a processo e todos caíam em prescrição, e agora nós vemos que há preocupação com a corrupção”, reconhece.

“Mas a gente tem que observar que algumas pessoas que foram tidas como partícipes, as investigações sequer chegaram a algum crime. Não é só o fato de existir investigação que o cidadão pode ser condenado sumariamente. A própria investigação da Polícia Federal relatou que 52% das investigações que as pessoas que estavam sendo investigados não cometeram crimes”, pontuou o advogado Inácio Queiroz.

As entrevistas do juiz Onaldo Queiroga e do advogado Inácio Queiroz foram veiculadas nesta segunda-feira (11), no programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba