crise política

Blecaute continua na Venezuela; governo fecha escolas e dispensa trabalhadores

Problema que atingiu a principal usina hidrelétrica venezuelana na quinta-feira já deixa parte do país sem energia elétrica há mais de 15 horas

O governo da Venezuela fechou escolas e dispensou trabalhadores nesta sexta-feira (8) após Caracas e outras grandes cidades acordarem sem eletricidade. O problema que atingiu a principal usina hidrelétrica do país na quinta-feira já deixa parte do país sem energia elétrica há mais de 15 horas.

O anúncio da suspensão “das aulas e das jornadas de trabalho” foi feito pela vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, em sua conta no Twitter.

De acordo com o jornal “El Nacional”, inicialmente apenas alguns estados relataram ter sido atingidos pelo problema. Porém, mais tarde, todo o país relatou interrupção no fornecimento de energia elétrica.

O Metrô e o sistema ferroviário não funcionam nesta sexta em Caracas.

Sabotagem

Na quinta-feira, a empresa estatal de energia Corpoelec afirmou que ocorreu uma sabotagem na usina hidrelétrica de Guri, situada no leste do país. O ministro da Energia Elétrica do governo de Nicolás Maduro, Luis Motta Domínguez, disse a uma emissora de TV local que o fornecimento de energia seria restabelecido em três horas, o que não aconteceu. O ministro não voltou a se manifestar.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que o problema é resultado da “guerra elétrica anunciada e dirigida pelo imperialismo americano” e pediu a união dos venezuelanos. “Nada e ninguém poderá vencer o povo de Bolívar e Chávez. Máxima unidade dos patriotas”, declarou no Twitter.

Venezuela em crise

Há muitos anos a Venezuela registra falhas no serviço elétrico. O governo costuma atribuir o problema a ações de sabotagem, mas analistas apontam deficiência na manutenção das instalações, má gestão e diminuição de investimentos.

O país está enfrenta uma profunda crise econômica dominada por hiperinflação, uma forte recessão e escassez de produtos básicos como alimentos e remédios.

Fonte: G1
Créditos: G1