digno de novela

Homem se finge de morto após descobrir que esposa e filho pagaram R$30 mil para assassino de aluguel

Motivo seria briga por patrimônio; autor contou a trama para vítima, que fugiu

As autoridades policiais confirmaram que Suely Morais Amaral e Igor Amaral Casado, foram presos por terem encomendado a morte do empresário Jaetts Ferreira Júnior, com quem ela era casada. O plano seria executado por um pistoleiro, de prenome João, conhecido dos suspeitos pela prática de agiotagem. O valor negociado pela execução foi R$ 30 mil, segundo a polícia, e que chegou a ser pago ao contratado. O motivo do crime era um conflito interno pelo patrimônio. No entanto, o empresário descobriu a trama pelo próprio pistoleiro e fugiu antes de ser assassinado.

Em depoimento, Suely confirmou que tinha planejado a morte do marido e alegou que estava sendo maltratada por ele e, por isto, queria tomar o patrimônio para si. O acerto para o homicídio se deu em dezembro e, desde então, havia uma certa pressão para que o crime fosse concluído.

De acordo com a polícia, a mulher ameaçou o pistoleiro a contratar outras pessoas para o mesmo objetivo caso o trato não fosse feito. No entanto, ela não contava, conforme a versão apresentada pela Secretaria de Segurança Pública, que o homem contratado contaria para o empresário toda a trama. Jaetts, então, decidiu fugir para outro estado e não dar mais notícias para a família.

Uma gravação do pistoleiro chegou até a polícia. Ele contou para a Suely e o Igor que o serviço tinha sido feito e chegou a apresentar aos dois uma agenda de anotações que pertenceria à vítima. A ideia é comprovar que o plano tinha sido executado com sucesso.

Suely e suposto contratado para matar o marido dela conversam; segundo a polícia, ele recebeu metade do valor contratado

Metade do dinheiro acertado foi entregue no último dia 24 de janeiro, no hall do prédio que a família mora. Tudo foi registrado pelas câmeras do local. Suely aparece entregando uma bolsa para o suspeito da prática. A outra parte já havia sido paga.

Igor e ela, de acordo com a polícia, eram agiotas também. O pistoleiro contratado pelos dois exercia a função de cobrar os devedores. “Quando prendemos a Suely ela aparentava estar emocionada pelo desaparecimento. Quando informamos que ele ainda estava vivo, ela apresentou espanto”, disse Thiago Prado.

A mulher alegou que era maltratada é agredida pelo empresário, mas o delegado informou que não tem nenhum registro de agressão por parte dela.

Já este pistoleiro conhecido como João está sendo tratado, por enquanto, como colaborador do trabalho de investigação da polícia. Ele ainda não foi preso, e pode nem ser, segundo confirmação dos delegados.

O empresário que estava desaparecido já prestou depoimento. Ele estava em outro estado no final de semana, mas está em Alagoas e passou detalhes do que sabia para os investigadores.

CRIMES

Suely e Igor vão responder por prática de lavagem de dinheiro associado a agiotagem e organização criminosa.  Na residência do Igor foi apreendido um revólver. Ele foi preso por posse de arma de fogo e pelo mandado de prisão

O delegado Thiago Prado disse que não é possível saber ainda se a vítima também fazia parte do esquema de agiotagem. O que ele diz é que o padrão de vida que eles tinham não condiz com os ganhos reais da família. O Igor não tem emprego, a Suely é aposentada e a vítima trabalha na empresa lá no polo.

A polícia explicou, durante entrevista coletiva, que foi acionada após o boletim de ocorrência informando do desaparecimento do empresário, confeccionado por Suely. O documento relatava um possível sequestro. Os investigadores desconfiaram da trama devido às divergências nas informações de amigos e parentes.

Fonte: Gazeta Web
Créditos: Gazeta Web