Quem nunca foi à praia e, mesmo tomando os devidos cuidados com a proteção solar, terminou o dia com o corpo ardido após ficar muitas horas no mar. Aí, enquanto você sofre por estar vermelho como um pimentão, sempre aparece alguém para dar lição e diz: “É claro, você ficou o tempo todo na água e o sal faz a pele queimar mais”. Será mesmo?
Antes de tudo, é importante entender que o sal e o cloro não têm poder de turbinar o “bronzeado”, ao contrário do que muitos pensam. O que acontece é que os raios ultravioletas (UV) são refletidos pela água, pela areia e até pelos cristais de sal presentes no vapor, fenômeno chamado de albedo –que também ocorre na neve, mas o assunto aqui é sobre o verão… Assim, na praia você acaba recebendo radiação “de todos os lados” e tende a se queimar mais do que se você estivesse em um local gramado, por exemplo.
Para se ter ideia, superfícies muito claras, como uma areia bem branquinha ou a neve podem refletir até 90% dos raios UV que recebem. Portanto, mesmo embaixo do guarda-sol é necessário sempre usar o filtro solar e/ou roupas com proteção UV, chapéu, óculos, já que até na sombra os raios ultravioletas que refletem no solo podem atingir sua pele.
Outro ponto que costuma fazer com que você se queime mais quando fica muito tempo no mar ou na piscina é que o protetor acaba saindo mais rapidamente da pele do que se estivesse fora d’água. Por isso, é muito importante ficar atento e sempre reaplicar o produto após um tempo no mar ou na piscina –é difícil indicar um intervalo preciso, mas para evitar problemas os especialistas recomendam passar o produto novamente após cada mergulho e não só de duas em duas horas, como recomendado quando você não se molha.
Não descuide da proteção Os raios ultravioletas UVA e UVB estão relacionados ao envelhecimento precoce, manchas na pele e podem causar cânceres como os carcinomas e os melanomas. O UVA é constante. Estamos expostos a esses raios o dia inteiro e eles atingem as camadas mais profundas da derme. Já o UVB tem incidência maior entre 10h e 16h e atinge a parte mais superficial da pele, gerando vermelhidão e sensação de ardor.
Para evitar problemas, passe protetor cerca de 30 minutos antes de se expor ao sol e reaplique o produto no máximo a cada duas horas –ou um tempo menor se mergulhar, lembra? O fator de proteção solar (FPS) varia de pele para pele, mais a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) recomenda usar pelo menos FPS 30.
Fonte: UOL
Créditos: UOL