BRASÍLIA – O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, fez uma espécie de análise histórica dos períodos políticos do Brasil desde o período do Império, durante um discurso de mais de 30 minutos na posse do novo presidente do Inep, Marcus Vinícius Rodrigues, nesta quinta-feira. Em várias de suas falas, ele mostrou alinhamento com o pensamento do presidente Jair Bolsonaro, principalmente em relação ao papel das Forças Armadas no processo que ele chama de “preservação da unidade nacional”.
O ministro reforçou que o regime militar iniciado em 1964 foi uma resposta da sociedade para proteger o Brasil “das ameaças” do comunismo.
— Os militares não caíram de Marte. Eles foram chamados pela sociedade brasileira, como uma espécie de poder moderador dos rumos enviesados pelos quais tinha enveredado a República — disse ele.
A cerimônia de posse do novo presidente do Inep aconteceu na sede do Instituto, em Brasília, e também serviu para apresentar os novos diretores do Instituto e o chefe de gabinete. O ministro Ricardo Vélez elogiou o papel do Inep no que ele chama de preservação da “memória da educação” no Brasil.
— É a memória da nossa cultura e identidade. É a nossa caixa preta onde guardamos os grandes a segredos da nossa sociedade. Uma caixa preta do bem.
‘Que Deus nos oriente’
O novo presidente do Inep, em seu discurso, agradeceu a Deus e ao presidente Jair Bolsonaro. Ele disse que pretende construir uma escola que “respeite valores, família e que seja apartidária”.
— Quero agradecer a Deus, aos meus pais pelo acesso a uma educação sólida. Agradeço a Jair Bolsonaro, que trouxe esperança aos brasileiros, de tanto ver se agigantar o poder dos maus. Precisamos de uma nova escola, que respeite valores, família e que seja apartidária. Escola que tenha resistência à ideologia, sem pseudointelectuais. Queremos uma reconstrução educacional do Brasil — afirmou Marcus Vinícius Rodrigues.
Segundo ele, sua gestão vai rever processos e o modelo organizacional do Inep. E diz ter elencado, num documento a ser divulgado no futuro, 32 prioridades para sua gestão.
— Queremos fazer uma revisão criteriosa dos modelos de avaliações e exames. Priorizar a valorização e capacitação dos professores. Sou brasileiro, do Ceará. Quero que nosso nome volte a ser escrito em verde e amarelo. Que Deus nos oriente nessa missão de mudar a educação do Brasil.
Fonte: O GLOBO
Créditos: O GLOBO