Maranhão divulga até dia 15 partidos aliados

O ex-governador José Maranhão (PMDB) realizou coletiva ontem para falar sobre a decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, que reverteu decisão anterior que reprovou suas contas, e confirmou que continua pré-candidato às eleições para a Prefeitura de João Pessoa. Segundo ele, pelo menos cinco partidos deverão compor a chapa de apoio à sua candidatura.

Sem querer revelar siglas, “por questão de estratégia”, Maranhão antecipou apenas que deve anunciá-las no próximo dia 15. “Mas o vice-candidato só divulgamos na convenção no dia 30 deste mês”, pontuou.

Um dos partidos que deve apoiar a candidatura de Maranhão é o PTB, do ex-deputado federal Armando Abílio (PTB), que já garantiu a vaga na Câmara do Deputados do deputado federal Benjamim Maranhão (PMDB), que irá se afastar para coordenar a campanha do tio. Apesar de confirmar a saída de Benjamim, José Maranhão desconversou sobre a possibilidade do vice ser do PTB. “Não podemos falar em nomes porque estamos conversando com os partidos. Poderia surgir uma declaração de algum outro partido se posicionando contra”, disse.

Outro nome levantado como vice em sua chapa foi o da ex-primeira dama, Lauremília Lucena (PSDB), esposa do senador Cícero Lucena (PSDB), que também é candidato à prefeitura da capital. “O nome de Lauremília seria, sem dúvida, uma feliz escolha para formação de uma união das oposições, mas tenho respeito ao partido do senador e seria antiético me pronunciar sobre isso”, desconversou.

Maranhão teve as contas de campanha de 2010 aprovadas, com ressalvas, na terça-feira, pelo pleno do TRE-PB. Em seu voto, o relator entendeu que houve irregularidade na prestação de contas, mas decidiu acolher os embargos da defesa do ex-governador em função do princípio da proporcionalidade. Isto porque o valor não declarado na conta, R$ 45 mil, representaria apenas 0,23% do total gasto pelo ex-governador, que foi de R$ 19 milhões, quando ele tentou a reeleição.

Segundo ele, a decisão não o surpreendeu pois este foi o posicionamento da justiça eleitoral em outros processos, como o do prefeito de Picuí, Buba Germano. “Ele adotou à nossa prestação de contas uma regra que vem sendo aplicada a outros casos, como o de Buba. Sempre estive confiante que por conta disso seria absolvido, até porque no nosso caso a proporcionalidade era ainda mais irrisória”, disse.

Para ele, o que houve foi uma declaração contraditória de quem prestou o serviço de aluguel de carros de som para a sua campanha e para a do ex-senador Wilson Santiago, com valores diferenciados. “Ele locou os carros de som ao nosso comitê por um preço e para o de Wilson Santiago a outro preço e isso suscitou a primeira decisão do Tribunal. Nas minhas contas de campanha ficaram comprovados que havia recursos disponíveis para pagamento de contas”, disse.

Do Blog com JP Online