A atuação do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), junto ao Ministério Público e a autoridades policiais, resultou no bloqueio judicial de aproximadamente R$ 36 milhões no Brasil e no exterior devido a crimes como lavagem de dinheiro.
As informações foram divulgadas pelo Ministério da Fazenda, ao qual o Coaf é vinculado nesta 5ª feira (27.dez.2018). O Conselho foi criado em 1998 para prevenir e combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo.
Segundo o balanço, foram produzidos 7.279 RIFs (Relatórios de Inteligência Financeira) que relacionaram mais de 370 mil pessoas e empresas a operações suspeitas em 2018. O número é 10% do que a quantidade produzida em 2017.
O documento destaca ainda que cerca de 400 relatórios municiaram operações da Polícia Federal, como as da Lava Jato no Paraná e no Rio de Janeiro, a Greenfield –que investiga supostas irregularidades em fundos de pensão ligados a estatais–, além daquelas destinadas ao pagamento de organizações criminosas.
Outro destaque é o aumento do número de comunicações de suspeitas em 90% em comparação com 2017. Em 2018, foram aproximadamente 3 milhões.
COAF SERÁ VINCULADO A JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, quer trazer o conselho para sua pasta no governo Bolsonaro. Segundo ele, trata-se de 1 órgão “estratégico, de inteligência e prevenção de lavagem de dinheiro”.
A transferência ainda precisa ser aprovada pelo Congresso, mas o ex-juiz já anunciou que o auditor da Receita Federal Roberto Leonel será o próximo presidente do órgão.
Fonte: O ANTAGONISTA
Créditos: O ANTAGONISTA