A Paraíba apresentou nos nove primeiros meses de 2018 uma redução de 5,5% no número de mortes violentas em relação ao mesmo período do ano passado. O dado é parte do levantamento feito pelo G1 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública dentro do Monitor da Violência, parceria que conta ainda com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP).
Os dados do índice nacional de homicídios, ferramenta criada pelo G1que permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país, mostra que, entre janeiro e setembro de 2018 a Paraíba contabilizou 910 homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte) e lesão corporal seguida de morte. Esses três tipos de crimes constituem os Crimes Letais Violentos Intencionais (CVLI).
Em 2017, de acordo com números notificados pela Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Seds), disponíveis por meio do programa Paraíba Unida Pela Paz, entre janeiro e setembro foram registrados 963 casos de CVLI.
O levantamento aponta:
- Houve uma redução de 53 vítimas em nove meses
- O 2º trimestre de 2018 foi mais violento que o de 2017
- Em relação aos três trimestres de 2012 a queda foi de 240 mortes
- No período, caiu quase 21% em sete anos o número de mortes
O secretário da Seds, Cláudio Lima, comentou que o dado apresentado entre janeiro e setembro deste ano segue a tendência de diminuição de CVLI, parte de um trabalho integrado de repressão e prevenção qualificadas. Ele destaca que a Paraíba pode chegar a uma taxa de 30,2 homicídios por 100 mil habitantes ao final de 2018.
“Temos o reflexo da implementação do programar Paraíba Unida pela Paz, que fez o estado sair de uma taxa de 41,5 em 2010, podendo chegar a essa de 30,2 após quase oito anos de muita dedicação das forças de segurança e investimentos, como responsabilidade territorial, inteligência policial e radio comunicação”, frisou Cláudio Lima.
Redução nacional
A redução no Brasil entre janeiro e setembro deste ano em relação a 2017 foi de 12,4%, um total de 5.500 mortes a menos. Entre as 27 unidades da federação apenas dois estados, Roraima e Tocantins, apresentaram aumento no número de casos de CVLI. Por outro lado, outros sete estados apresentaram uma redução maior que 20%, sendo Alagoas o de maior redução (26%).