O cachorro Sérgio Moro Meneses Nolarte, da raça beagle, foi o 1º cão registrado como membro de uma família multiespécie no Piauí. O nome foi decidido durante a aquisição do animal, há 4 meses, e é uma homenagem à forma como o ex-juiz trabalhou na operação Lava Jato.
O registro de família multiespécie começou a ser ofertado em novembro no cartório Themístocles Sampaio, em Teresina (PI).
Segundo o dono, o advogado Huelber Noleto, o ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, atualmente membro do governo de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro, não cedeu a pressões durante a investigação. “A gente tem muita admiração pela forma como o Moro trabalha”, disse ao Poder360.
Noleto afirma que a ida de Moro ao governo de transição não alterou a admiração pelo ex-magistrado. “Não mudou em nada. É pela pessoa dele, o jeito que atua…”, afirmou. “Se foi certo ou errado, nem ele sabe ainda”, acrescentou.
O cachorro está registrado como parte da família de Noleto e de sua namorada, a auxiliar de justiça Liz Meneses.
De acordo com Noleto, amigos do casal brincaram com a decisão. “Tem gente que acha exagero, tem outros que querem fazer… Quem tem cachorrinho assim, que mora junto, acha o máximo”, disse.
Questionado sobre a reação do futuro ministro à homenagem, Noleto, rindo, afirmou que não tem certeza se Moro gostaria de ter seu nome em 1 cachorro. “Eu acho que ele ia achar muito engraçado, mas não sei se ele comentaria, porque ele é muito reservado”, afirmou.
O advogado afirma que decidiu registrar o cachorro como parte da família por 2 motivos: jurídico e afeto. Segundo ele, a certidão é uma prova documental que o cão é dele. Além disso, demonstra carinho pelo animal. “É como se fosse a certidão de nascimento do cachorro“, afirmou.
SÉRGIO MORO SUBSTITUIU MENSALÃO NA CASA DE NOLETO
Não é a 1ª vez que Noleto inspira-se na política brasileira para batizar 1 cachorro.
Antes do beagle Sérgio Moro, Noleto também teve o pastor alemão Mensalão. Atualmente o advogado tem ainda outro cachorro: o poodle Chefe.
Para o professor de Direito da Família da Faculdade Mackenzie Rio, Marcelo Santoro, esse tipo de registro é uma evolução do direito diante da nova realidade da sociedade brasileira com os novos arranjos familiares.
“Muitas pessoas levam em conta o valor afetivo pelo fato de o animal oficialmente fazer parte da família. É 1 novo tipo de família que está sendo estabelecido”, diz.
Segundo Santoro, todos os cartórios de registro de títulos e documentos podem registrar pets.
O preço de oficializar 1 animal como 1 membro da família é pouco mais de R$ 100. No cartório de Teresina, por exemplo, o procedimento inclui a abertura de 1 protocolo, registro e a emissão do documento.
Fonte: PODER 360
Créditos: PODER 360