O futuro ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, avaliou ao blog nesta quarta-feira (5) que a citação de Onyx Lorenzoni, futuro titular da Casa Civil, na delação da JBS não é “elogiável”, mas não prejudica a futura gestão.
Nesta terça-feira, o ministro do STF Luiz Edson Fachin mandou fatiar a delação de executivos do grupo J&F e mandar instaurar procedimentos individuais de apuração de citações a dez parlamentares nos depoimentos dos delatores. Entre os parlamentares, está Onyx.
Questionado se a imagem do Palácio do Planalto poderia ficar comprometida após o caso, Heleno respondeu: “Olha, não é elogiável. Mas não considero prejudicial. O próprio ministro disse que é uma boa oportunidade para se explicar, o presidente também falou. Agora, não é uma notícia alvissareira”.
Segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, os dez citados na delação da JBS teriam sido beneficiados com caixa dois (doações não declaradas à Justiça), entre 2010 e 2014, de acordo com os delatores e tabela apresentada ao Supremo.
Heleno, um dos mais árduos defensores do combate à corrupção no governo Bolsonaro, disse que é preciso “aguardar os acontecimentos” e que “ainda não tem prova concreta”.
Falou também sobre as declarações do futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, que saiu em defesa de Onyx e declarou que o futuro colega de ministério tem a sua “confiança pessoal”.
“Ele tem credibilidade total, a palavra dele vale muito. Moro tem mais consistência para dizer e aprofundar sobre a delação. A declaração [de Moro] é atenuante”, declarou o general.
Heleno, assim como Mourão e Onyx, vai ocupar um gabinete no Palácio do Planalto, no mesmo prédio que será utilizado por Bolsonaro.
Fonte: G1
Créditos: G1