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Palocci delator depõe amanhã como acusador de Lula na Zelotes

Ex-ministro dos governos do PT (Fazenda e Casa Civil/Lula e Dilma), colaborador premiado, será ouvido na condição de testemunha de acusação do ex-presidente em videoconferência da Justiça Federal em São Paulo para a Justiça Federal em Brasília; será o primeiro depoimento de Palocci desde que entrou em regime de prisão semiaberta domiciliar, na quinta, 29

O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governo Lula e Dilma, Antônio Palocci, será ouvido nesta quinta-feira, 6, como testemunha de acusação do ex-presidente no âmbito da Operação Zelotes, que investiga suposta a venda de medidas provisórias e supostas irregularidades em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Federais (Carf).

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A ação penal em questão apura a aquisição de 36 caças suecos por cerca de US$ 5,4 bilhões durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Os supostos crimes na mira dos investigadores são lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de influência.

O depoimento de Palocci será o primeiro concedido após sua passagem para a prisão semiaberta domiciliar, na última quinta-feira, 29. Por conta disso, dará o depoimento por videoconferência na sede da Polícia Federal em São Paulo. A oitiva está agendada para as 9h30. O ex-ministro foi arrolado como testemunha da acusação e da defesa do lobista Mauro Marcondes Machado, réu na Zelotes.

Delator na Lava Jato, Palocci obteve o benefício após a 8ª Turma Penal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região entender que, devido à sua colaboração premiada, o ex-ministro poderia cumprir metade de sua sentença em regime diferenciado.

Na ação que investiga o sítio de Atibaia, o ex-ministro confessou negociar propinas com a Odebrecht e incriminou Lula ao revelar um suposto “pacto de sangue” entre o ex-presidente e o empresário Emílio Odebrecht, em 2010, em que foi acertado R$ 300 milhões em corrupção ao PT.

Palocci cumpriu dois anos e três meses de sentença na sede da Polícia Federal, em Curitiba, antes de deixar a prisão.

Fonte: Estadão
Créditos: Ricardo Brandt e Paulo Roberto Netto