Não abro mão de nada A decisão da procuradora-geral, Raquel Dodge, de recorrer ao Supremo para manter o auxílio-moradia de integrantes do Ministério Público acelerou lobby de entidades de classe que tentam convencer os conselhos de suas categorias a regulamentar, ainda este ano, o pagamento do benefício. A Associação Nacional dos Procuradores da República já iniciou peregrinação pelos gabinetes do CNMP –nove integrantes foram consultados e se mostraram dispostos a debater o caso em 2018.
Pela fresta Na decisão em que suspendeu o auxílio-moradia, o ministro Luiz Fux, do STF, determinou que os conselhos de cada carreira ditassem novas regras para o benefício. Por isso, a campanha que está em curso no Conselho Nacional do Ministério Público também ocorre no CNJ, que vai tratar da norma para juízes.
Batuta No caso do Conselho Nacional de Justiça, ao menos três integrantes foram consultados. Eles, porém, deram sinais de que vão sondar o presidente do colegiado e do Supremo, Dias Toffoli, antes de estimular a ofensiva dos juízes.
Salve o que der As entidades de classe dizem que não têm a expectativa de retomar o pagamento irrestrito do auxílio de R$ 4,3 mil, mas conseguir ao menos que juízes e procuradores que atuam em locais onde o custo de vida é alto ou que não têm imóvel funcional recebam ajuda financeira.
Nunca é demais Independentemente do resultado da briga pela preservação do auxílio-moradia, juízes e procuradores já acertaram que, no ano que vem, vão trabalhar para que o Congresso aprove a indenização de valorização por tempo de magistratura e de Ministério Público.
Pano para manga Pessoas próximas ao ex-ministro Antonio Palocci dizem que a delação que ele fechou com a Polícia Federal e que foi homologada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo, implica cabeças coroadas do MDB com influência no setor de energia.
Pano para manga 2 Palocci teria dado detalhes sobre acerto de propina para o PT e para o MDB em obras da usina de Belo Monte.
Pano para manga 3 Citações a empresas do setor financeiro também comporiam o material que está nas mãos de Fachin.
Escravos de Jó 2 Pelo desenho apresentado ao presidente eleito, serão criadas duas secretarias especiais de articulação política. Elas vão ficar sob o comando de Carlos Manato (PSL-ES) e de Leonardo Quintão (MDB-MG). Cada uma vai abrigar cerca de dez deputados não reeleitos.
Alarme falso Os últimos anúncios de ministros feitos por Bolsonaro ampliaram a insatisfação de líderes da frente evangélica. Eles disseram a Lorenzoni que foi o presidente eleito quem pediu indicações, gerou expectativas e, no fim, não correspondeu.
Recado dado A reclamação foi enviada nesta sexta (30). Os evangélicos pressionam Bolsonaro a recuar do convite a Damares Alves, assessora de Magno Malta (PR-ES), para acomodar no Ministério dos Direitos Humanos um dos nomes que eles sugeriram.
Fome Há ainda a tentativa de upgrade para Quintão, que integra a frente evangélica. Aliados dizem que preferem vê-lo em um ministério –e pleiteiam o do Meio Ambiente.
TIROTEIO
Enquanto bate continência como um cordeiro para os EUA, Bolsonaro quer ser lobo com os vizinhos pobres. Vergonha
De Guilherme Boulos (PSOL), sobre a saudação dirigida pelo presidente eleito a um assessor do americano Donald Trump.
Fonte: UOL
Créditos: UOL