O governador Ricardo Coutinho (PSB) rasgou o verbo ontem contra o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), durante uma plenária realizada pelo partido no Hotel Ouro Branco e deixou claro que a relação entre eles não é mais a mesma. Ele classificou a ideia do gestor municipal de voltar a ser candidato como uma tentativa de desestabilizar o projeto eleitoral de Estelizabel Bezerra (PSB).
Ricardo também revelou que o prefeito foi convencido a sair da disputa, após a direção do partido apresentar resultados de pesquisas internas nas quais ele aparecia com resultados inexpressivos. “Durante 10 meses, cerca de 10 pessoas acompanharam oito pesquisas quantitativas e duas pesquisas qualitativas e se chegou a uma conclusão muito simples. A gestão continuava alta, mas quando a gente media o nosso candidato ele não passava de 20%. A população apoiava o projeto, mas não se sentia seduzida pelo candidato”, disse. “Não podemos começar uma campanha com o governo na mão e 20% porque aí é suicídio”, completou, assumindo que o prefeito foi retirado da candidatura por não ter viabilidade política.
De acordo com Ricardo, dias depois de anunciar a desistência Agra começou um processo de desestabilização de Estelizabel.
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Além da suposta mensagem decretando a morte dos envolvidos, fotos dos suspeitos também teriam sido divulgadas.
“Se eu disser que eu vou para um lado, eu vou para um lado.Agora eu não posso ficar indo e vindo, senão eu perco credibilidade”, enfatizou, referindo-se às ações de Agra. O governador destacou ainda que a falta de atitude de Agra estava enfraquecendo a militância do PSB. “Faltava ginga, faltava energia”, acrescentou.
“Política não é brincadeira, política é coisa séria. Não é possível que alguém se ache no direito de permanentemente estar desestabilizando o processo”, atacou. Em seu discurso, Ricardo chegou a comparar o comportamento de Luciano Agra ao de uma criança: “Esse é um comportamento que, se fosse há algum tempo atrás, antes das leis que tem, o pai pegaria uma palmatória e daria três palmadas na bunda”.
Apesar de criticar diretamente o prefeito, Ricardo insinuou, sem citar nomes, que Agra está agindo também sobre a influência de auxiliares. “Não podemos permitir que secretário ou secretária queira mandar no prefeito”. Mesmo assim, ele garantiu que o PSB não vai barrar, caso Agra decida bater chapa com Estelizabel Bezerra no congresso do partido, em junho. “Depois do dia 10, sem que mais ninguém fique com história de volta, vamos colocar a campanha adiante”.
Do Blog com JP Online
