Repercussão internacional

VEJA VÍDEO: Jornalista americano e analista político de Cuba debatem sobre 'Mais Médicos': entenda como mídia estrangeira encara o problema

Uma discussão sobre o programa 'Mais Médicos', produzida pelo canal de televisão 'RT América', dos Estados Unidos,  está repercutindo no Brasil e mostra como a discussão sobre o assunto ultrapassou as fronteiras nacionais e chegou a outros países. O vídeo mostra a discordância entre o veterano jornalista americano Rick Sanchez e o vice-presidente da Associação Nacional dos Jornalistas de Cuba, Olávio Rossê Armestro. 

Uma discussão sobre o programa ‘Mais Médicos’, produzida pelo canal de televisão ‘RT América’, dos Estados Unidos,  está repercutindo no Brasil e mostra como o debate sobre o assunto ultrapassou as fronteiras nacionais e chegou a outros países. O vídeo mostra a discordância entre o veterano jornalista americano Rick Sanchez e o vice-presidente da Associação Nacional dos Jornalistas de Cuba, Olávio Rossê Armestro.

Antes do debate, o jornalístico americano exibe uma reportagem explicativa sobre a cooperação entre Cuba e mais de 77 países pelo mundo, envolvendo a atuação profissional de mais de 37 mil médicos. Defensora de uma linha jornalística objetiva, a jornalista Rachel Blevins mostra as relações diplomáticas que fazem a ilha comunista lucrar cerca de R$ 8 bilhões de dólares anualmente com a mão de obra médica, mas aponta também como o trabalho dos médicos cubanos beneficia comunidades pobres desses países.

A reportagem mostra que no Brasil o fim do programa Mais Médicos tem causado polêmica. A repórter demonstra como o posicionamento do presidente eleito, Jair Bolsonaro, levou à suspensão da cooperação com Cuba. “É um desrespeito para quem recebe esse tratamento por parte da ditadura cubana. Nada prova que esses profissionais estão aptos para esse trabalho”, diz Bolsonaro em entrevista. A reportagem destaca que esse pode ser o início de um abalo diplomático entre os dois governos.

Após a reportagem, Rick Sanchez sugere que os médicos cubanos foram praticamente expulsos do Brasil. Já o analista político convidado, Olávio Rossê, de Cuba, subscreve as críticas de Jair Bolsonaro ao Governo Cubano. “São pessoas usadas como tráfico humano, são praticamente escravos. Suas famílias são mantidas reféns e eles são pagos com quantias escassas pelos seus serviços”, pontua Rossê.

O apresentador tem uma opinião diferente. “Eles fazem um ótimo trabalho e eu espero que você não esteja se referindo a eles assim. Isso não deveria ser visto por um ponto de vista humano, para o qual deveríamos ser gratos?, questiona Rick. O especialista cubano rebate: “Não devemos ser gratos quando pessoas são traficados como escravos”.

Os dois jornalistas continuam a discordar ao longo do vídeo, que tem 8 minutos de duração, e colocam o presidente eleito do Brasil no centro da discórdia. Assista abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=U9bQa1zUPEo

O fim do programa Mais Médicos também provocou a reação da jornalista Yaoni Sánchez, blogueira com histórica de perseguições sofridas pelo governo de Cuba. No Twitter, ela repercutiu o cancelamento do programa entre os dois países. “Jair Bolsonaro condicionou a permanência do projeto a que os médicos recebessem o total de seu salário, entre outras medidas… mas as autoridades do Minsap [Ministério da Saúde Pública de Cuba] não toleraram…”, escreveu.

https://twitter.com/yoanisanchez/status/1062750866489389058?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1062750866489389058&ref_url=https%3A%2F%2Fg1.globo.com%2Fbemestar%2Fnoticia%2F2018%2F11%2F14%2Fveja-a-repercussao-do-anuncio-da-saida-de-cuba-do-programa-mais-medicos.ghtml

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba