Gabriele, Renata e Paulina nasceram meninos e viveram em diferentes cidades até a adolescência. A falta de oportunidades as levou à prostituição nas ruas do Rio. E o contato com a violência as encaminhou para o presídio masculino Evaristo de Morais, em São Cristóvão, conhecido como Galpão do Amor, por concentrar a maior parte dos detentos homossexuais. Para conhecer melhor esse universo e cumprir a resolução federal que garante direitos aos LGBTs atrás das grades, a Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) está fazendo o primeiro censo carcerário sobre o grupo, numa parceria com o Ministério Público estadual.
O principal objetivo da pesquisa é saber se as mulheres transexuais e as travestis querem ser transferidas para unidades femininas ou alas exclusivas nas cadeias masculinas. A maioria já disse que não quer mudanças. O sistema carcerário abriga hoje 82 travestis, 27 mulheres transexuais, 211 lésbicas (incluídos os homens transexuais), 198 gays e 253 bissexuais, que, juntos, representam 1,4% da população carcerária.
Fonte: O Globo
Créditos: O Globo