Pesquisadores da Universidade Northwestern (EUA) identificaram um jeito de reprogramar células-tronco a fim de tratar doenças como endometriose – condição na qual o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, cresce em outras regiões do corpo. É a primeira vez que alguém consegue estabelecer um protocolo para essa reprogramação.
O estudo, publicado na revista científica Stem Cell Reports, fez com que células-tronco pluripotentes induzidas se transformassem em células uterinas saudáveis a partir de processos hormonais.
“As células endometriais normais podem, então, ser inseridas na cavidade uterina para substituir células defeituosas. A partir daí, podemos resolver o problema da resistência à progesterona. Além do mais, essas células podem ser usadas, no futuro, para criar um novo útero inteiro”, explica Serdar Bulun, médico ginecologista líder do estudo.
Segundo o estudo da Northwestern, a endometriose é uma doença que afeta aproximadamente 10% das mulheres em idade reprodutiva no mundo, sendo uma das causas mais comuns para a infertilidade. A endometriose e a infertilidade estão associadas em 50% dos casos, ou seja, 50% das mulheres com endometriose têm infertilidade e 50% do casos de infertilidade feminina podem ter a endometriose como uma das principais causas.
O que é endometriose?
Todo mês, os ovários produzem hormônios que estimulam as células da mucosa do útero (endométrio) a se multiplicarem e estarem preparadas para receber um óvulo fertilizado. A mucosa aumenta de tamanho e fica mais espessa.
Se essas células (chamadas de células endometriais) crescerem fora do útero, surge a endometriose. Ao contrário das células normalmente encontradas dentro do útero, que são liberadas durante a menstruação, as células fora do útero permanecem e crescem no lugar.
Fonte: Terra
Créditos: Terra