O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) marcou para a próxima quarta-feira o julgamento dos acusados na Operação Cartola, que investigou esquemas de corrupção no futebol paraibano. Após a 3ª Comissão Disciplinar decidir, por unanimidade, que não tinha competência para julgar os denunciados, o Pleno é quem vai ter a missão de dar a sentença das 25 pessoas julgadas no processo no âmbito esportivo da justiça. Em caso de condenação, entre as distintas penas, os envolvidos podem ser banidos do futebol.
O processo teve início no mês de outubro, julgado pela 3ª Comissão Disciplinar. No entanto, na primeira sessão, precisou ser adiado devido ao pedido de vistas do processo pelo auditor Vanderson Maçullo. Ainda em outubro, o julgamento foi retomado, mas todos os auditores declaram não possuir competência para julgar o caso. Foi por causa disso que o atual presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, levou o processo para o Pleno.
Por infrações ao Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), ao Código de Ética da FIFA e também ao Estatuto do Torcedor, o STJD julga os 17 citados na denúncia inicial da Procuradoria: Amadeu Rodrigues, Breno Morais, Lionaldo dos Santos, Marinaldo Roberto de Barros, José Renato, Severino José Lima (Bina), Genildo Januário, Adeilson Carmo Sales, Antônio Carlos da Rocha (Mineiro), Antônio Umbelino de Santana, Eder Caxias, Francisco de Assis, João Bosco Sátiro, José Maria de Lucena Netto (Neto), Tarcísio José de Souza (Galeguinho), Josiel Ferreira da Silva (Pilar) e José Araújo da Penha.
Também vão ser julgados William Simões, ex-presidente do Campinense, Danilo Ramos, massagista do Campinense, e Francisco Carlos do Nascimento, árbitro alagoano conhecido como Chicão, também serão julgados.
O STJD vai julgar ainda outros dirigentes que pertenciam o Botafogo-PB. São os casos de José Freire da Costa (Zezinho Botafogo, ex-presidente do clube), Guilherme Carvalho do Nascimento (o Novinho, ex-vice-presidente), Francisco Sales Pinto Neto (ex-diretor executivo) e Alexandre Cavalcanti (ex-diretor jurídico).
Por fim, o empresário Alex Fabiano dos Santos, ligado ao CSA, também vai ser julgado no processo. Segundo o documento, ele faz parte do que as investigações consideram uma organização criminosa. Em uma das interceptações telefônicas, Alex Fabiano conversa com Breno Morais sobre uma possível alteração no borderô de jogos válidos pela Copa do Brasil para garantir uma parte da renda.
O julgamento do Pleno do STJD está marcado para as 10h da próxima quarta-feira, na sede do Tribunal, no Rio de Janeiro. Vale ressaltar que, além do âmbito esportivo, a Operação Cartola também está sendo julgado pela Justiça Comum.
Fonte: Globo Esporte PB
Créditos: Globo Esporte PB