Futebol

Há 8 meses sem atuar, árbitros Renan Roberto e Pablo Alves deixam de constar no site da CBF

As investigações da Polícia Civil e do Ministério Público da Paraíba (MPPB) que apuraram a existência de uma suposta organização criminosa que manipulava resultados no futebol paraibano atingiu vários árbitros da Paraíba. Mas dois deles em especial foram bastante afetados pela Operação Cartola: Pablo Alves e Renan Roberto, os dois principais juízes do estado e os únicos com projeções nacionais.

As investigações da Polícia Civil e do Ministério Público da Paraíba (MPPB) que apuraram a existência de uma suposta organização criminosa que manipulava resultados no futebol paraibano atingiu vários árbitros da Paraíba. Mas dois deles em especial foram bastante afetados pela Operação Cartola: Pablo Alves e Renan Roberto, os dois principais juízes do estado e os únicos com projeções nacionais.

Os dois, que eram presenças constantes nas séries A e B do Campeonato Brasileiro e em outros torneios da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), estão fora do cenário nacional desde a deflagração da operação, mesmo sem terem sido denunciados pelo MPPB. Eles sequer constam mais na relação de árbitros paraibanos do quadro da CBF em seu site oficial.

Eles foram dois dos 13 árbitros centrais paraibanos que ficaram na mira da Polícia Civil. Pablo acabou não sendo indiciado pela polícia, ao contrário de Renan. No entanto, após as diligências, o MPPB avaliou, em junho, que não havia indícios suficientes que provassem que Renan Roberto fazia parte da suposta organização criminosa. Dessa forma, nenhum foi denunciado formalmente até o momento.

Apesar disso, os dois árbitros seguem na geladeira e, agora, sequer constam na relação de árbitros paraibanos do quadro nacional no site da CBF. Diferentemente, por exemplo, dos casos dos auxiliares Oberto Santos e Luis Felipe, que também foram investigados na Cartola e não foram denunciados. Ambos estão na relação no site da entidade e recentemente já voltaram a atuar. Oberto foi o assistente na partida entre Botafogo-PB e Náutico pela Copa do Nordeste Sub-20, no dia 20 de outubro, enquanto que Luis Felipe foi o quarto árbitro do mesmo jogo.

A última vez que Renan atuou foi na partida de ida da final do Campeonato Sergipano deste ano, entre Itabaiana e Sergipe, no dia 7 de abril. Já Pablo trilou o apito profissionalmente pela última vez no dia 4 de março, quando comandou o Clássico dos Maiorais, entre Campinense e Treze, pela 10ª rodada do Campeonato Paraibano.

O GloboEsporte.com tentou entrar em contato três vezes por ligação, durante duas semanas, com a assessoria da CBF. Nas três ocasiões, os assessores pediram que fossem enviados emails com os questionamentos. Até o momento, a CBF não respondeu à reportagem.

A reportagem também foi atrás dos dois árbitros. O carioca Pablo Alves, de 42 anos, que estava federado na Paraíba, revelou que não quer mais apitar futebol. Perguntado sobre se houve algum tipo de satisfação dada pela CBF sobre até quando poderia ser o afastamento dos árbitros paraibanos, ele despistou.

– Eu mesmo que quis sair. Falei para eles. Estou bem fora e minha vida andou muito – disse Pablo, que só em 2017 apitou três jogos da Série A e nove da Série B.

Já Renan Roberto, de 32 anos, paraibano de João Pessoa e que também participava constantemente de partidas das séries A e B, contou que ainda não foi informado sobre o porquê de ainda não ter voltado a apitar. No ano passado, ele participou de seis jogos da Série B e um da Copa do Brasil. Neste ano, apitou Fluminense de Feira e Náutico pela Copa do Brasil.

– Eu cheguei a mandar email para o corregedor há algumas semanas, mas não sei ainda por que não voltei a apitar – explicou.

Fonte: Globo Esporte PB
Créditos: Globo Esporte PB