O ex-ativista italiano condenado por terrorismo e que vive exilado no Brasil, Cesare Battisti, pode ser extraditado para a Itália caso o país fizer a solicitação ao Governo Brasileiro no ano que vem, quando Jair Bolsonaro (PSL) assumir a Presidência. Cesare foi preso pela última vez há um ano, em Corumbá, quando tentava fugir para Bolívia.
Em entrevista nesta segunda-feira (29), o futuro ministro da Casa Civil de Bolsonaro, deputado federal Onyx Lorenzoni afirmou que Bolsonaro pretende enviar Cesare de volta para a Itália.
“Já temos homicidas demais no Brasil para ainda ficar aqui alimentando e dando condição de guarida para um homicida que matou muita gente na Itália. A lei tem que ser para todos. E não tenho nenhuma dúvida de que, cumprindo as formalidades legais, o Battisti vai se entender com as autoridades italianas”, afirmou Lorenzoni ao G1.
O terrorista italiano Cesare Battisti sumiu de Cananéia, no litoral de São Paulo, onde morava. Foi visto pela última vez pouco antes da eleição de Jair Bolsonaro.
O jornalista Paolo Manzo, correspondente de Il Giornale, foi quem deu a notícia. Ele esteve em Cananéia e constatou o sumiço de Battisti:
“O último avistamento oficial de Cesare Battisti data de sábado. Uma testemunha disse que o viu embarcar em um barco em Cananéia, uma vila de pescadores a cerca de 260 km de São Paulo. Provavelmente fugindo. Em Cananéia, onde ele morou por muito tempo, nós o encontramos há um ano. Hoje Cesare Battisti desapareceu. Volatilizado no nada. A informação policial é ecoada pelos que o conheciam bem. ‘Há cerca de dez dias não o vejo’, revela Wine, 55, barba desgrenhada e pequenos biscates para sobreviver. ‘Para mim, Cesare é um irmão, uma pessoa boa, ele pagou pelos erros que cometeu’. Juntos, tentamos chamar Battisti na sua casa. Ninguém responde.”
De acordo com o Corriere della Sera, na segunda-feira ele estava em São Paulo, com o seu advogado, mas a informação não foi confirmada.
Fonte: Terra
Créditos: Terra