A ministra Rosa Weber, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), autorizou nesta 6ª feira (26.out.2018), que representantes técnicos das campanhas de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) estejam presentes dentro da sala de totalização dos votos no prédio da Justiça Eleitoral em Brasília, no domingo (28.out), dia das eleições.
Até hoje, em todas as eleições brasileiras, representantes de candidatos eram convidados a assistir a apuração em uma sala no TSE, onde havia apenas monitores para o acompanhamento da apuração. Isso é mais ou menos o que a televisão e a internet mostram para a população. A diferença é que desta vez será franqueado o acesso ao que é conhecido como “sala-cofre”, local onde estão os computadores que de fato recebem as informações das milhares de urnas eletrônicas no país.
A decisão de Rosa Weber foi tomada depois de pedido apresentado pela campanha de Jair Bolsonaro. Leia na íntegra.
“Essa é uma decisão inédita, que só foi adotada pelo TSE porque nós fizemos o pedido. Haverá mais transparência na apuração dos votos, e essa é uma prova de Jair Bolsonaro já está mudando o Brasil”, diz o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador político de Bolsonaro e eventual chefe da Casa Civil em caso de vitória do militar.
BOLSONARO E FRAUDE
O candidato Jair Bolsonaro e seus assessores passaram boa parte da campanha propagando que há risco de fraudes nas urnas eletrônicas.
Depois da apuração do 1º turno, o militar da reserva disse que teria ganho as eleições já em 7 de outubro “se tivéssemos confiança no voto eletrônico”. A ministra Rosa Weber, presidente do TSE, respondeu que a Corte só reveria o resultado do 1º turno das eleições se houvesse questionamento formal e reafirmou sua confiança no sistema de votação eletrônica.
Dois dias antes do pleito, a campanha do ex-capitão convocou os eleitores para fiscalizar as apurações por meio do “Fiscais do Jair“. Na ocasião, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, divulgou 1 vídeo pedindo que, a 30 minutos do encerramento do horário da sessão, os eleitores compareçam a sua zona eleitoral e peçam acesso ao boletim de urna.
Em evento de campanha 1 dia antes de sofrer o atentado a faca que o deixou hospitalizado, o presidenciável disse: “Eu não acredito nessa forma de apurar voto”.
Fonte: Poder 360
Créditos: Poder 360