A Polícia Civil da Paraíba reuniu a imprensa na tarde desta sexta-feira (26) para dar detalhes da morte do capitão Erivaldo Moneta da Silva, que tinha 34 anos. Ele foi baleado e morreu no dia 10 de setembro deste ano, quando a Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes – PB1, em João Pessoa, sofreu um ataque armado e 92 presos acabaram fugindo.
O superintendente regional da Polícia Civil, Marcos Paulo, confirmou que o militar foi ferido por um único tiro que o atingiu no lado direito da cabeça, dado pelo diretor da Academia de Polícia Civil da Paraíba (Acadepol), Severiano Pedro do Nascimento Filho, em legítima defesa. Segundo ele, os depoimentos das testemunhas foram convergentes com os laudos obtidos e conclusivos.
“Todos os depoimentos são convergentes. Os policiais militares disseram que estavam buscando os fugitivos quando eles perceberam uma moto em atitude suspeita, deram voz de parada, mas eles não o fizeram. Eles informaram, então, que deram tiros para o alto. Por uma fatalidade, os policiais civis estavam averiguando os danos que os fugitivos haviam deixado na Acadepol, e houve o que todos sabemos. Portanto, a convergência dos depoimentos é total com os laudos. O tiro que atingiu o tenente Moneta saiu da arma que estava sendo portada pelo diretor da Acadepol, Severiano Pedro. A ação foi legítima. Infelizmente aconteceu”, esclareceu.
“Os três fuzis e três pistolas que estavam com o tenente e mais dois policiais nesse Ford Ka preto foram recolhidos para perícia. Dois revólveres calibre 38 que estavam no plantão da Acadepol, a pistola 380 que estava com o diretor e uma arma longa que estava servindo à Academia também foram recolhidos. Foram apreendidas 10 armas para fazer o confronto balístico e todos eles foram ouvidos ainda na madrugada. As imagens da Acadepol foram determinantes para confirmar o que as testemunhas tinham dito”, acrescentou Marcos Paulo.
O delegado de Homicídios, Reinaldo Nóbrega, também esteve presente na coletiva de imprensa, já que ficou encarregado das investigações do caso. Ele comentou a ação dos policiais naquela noite e lamentou o fato ocorrido.
“Eles reagiram de forma a tentar evitar a invasão a Acadepol. Infelizmente, eles não imaginavam nunca que naquele carro, que vinha atirando na direção deles, estavam policiais militares. O disparo atingiu o capitão Moneta pela janela de trás do carro, que estava com vidro baixo”.
Desdobramentos
O superintendente informou ainda que o inquérito será remetido na segunda-feira (29) para a Justiça. Ele não crê em punição para os envolvidos na situação que culminou na morte do policial militar.
“Não só o diretor que ali estava, mas todos os outros policiais que atiraram contra a guarnição da Polícia Militar, eles não serão denunciados, se assim entender o Ministério Público, por que eles agiram em legítima defesa”, ponderou.
Fonte: Portal T5
Créditos: Portal T5