O Brasil lidera a lista de mortes anuais por armas de fogo, segundo um levantamento publicado na revista científica JAMA no fim do agosto de 2018. Os dados são referentes a 2016 – e apontavam 43.200 mortes de brasileiros. A maioria delas tem como causa os homicídios, que representam 94% desse total. Estima-se que um em cada quatro mortes por homicídio no mundo aconteçam em território nacional.
Dos mais de 40 mil falecimentos brasileiros por arma de fogo, só, 4% aconteceu de forma não-intencional, como disparos acidentais ou erros de funcionamento. Os 2% restantes são resultado de suicídios.
Levantamento ecoa por veículos como CNN, enfatizando segundo lugar dos EUA e quarto do México
O Jama (Journal of the American Medical Association) publicou pesquisa acadêmica sobre mortes ligadas a armas e destacou como resultado:
“Em todo o mundo, estima-se que 251 mil morreram devido a ferimentos por arma de fogo em 2016, com seis países (Brasil, Estados Unidos, México, Colômbia, Venezuela e Guatemala) representando 50,5% dessas mortes.”
Compilado pela Universidade de Washington, o estudo ecoou por veículos como a CNN, que afirmou que “duas das maiores economias do mundo, EUA e Brasil, têm taxas acima da média”.
O enunciado no New York Times, com AP, focou a posição dos EUA no ranking. Já o mexicano Vanguardia, com Efe, publicou que “a lista é encabeçada por Brasil, EUA e Índia” e o “México ocupa o quarto lugar”.
Alguns veículos, como US News (acima), destacaram que “o Brasil teve mais mortes por armas de fogo, 43.200”.
TRAGÉDIA ANUNCIADA
Em longo artigo sobre o “autoritarismo no Brasil”, o berlinense Taz (Die Tageszeitung) fala em “tragédia anunciada” no título. O jornal esquerdista abre relatando que “ativistas são ameaçados de morte, pobres são criminalizados. Uma nova onda de autoritarismo está devastando o Brasil”.
E encerra dizendo que “o autoritarismo estatal e a ascensão de grupos de direita radical encontraram sua voz num candidato: Jair Bolsonaro”.
Fonte: Super Interessante
Créditos: Super Interessante