Vídeo que mostra urna completando número de candidato é falso, diz TRE de Minas
Imagens compartilhadas por um dos filhos de Jair Bolsonaro mostra urna onde a foto de Fernando Haddad aparece quando o número 1 é digitado. Justiça Eleitoral de Minas acionou técnico para mostrar como montagem foi feita
Flávio Bolsonaro, filho do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, divulgou vídeo de uma suposta fraude eleitoral.
No Twitter na manhã deste domingo (7), Flávio, que é candidato ao Senado pelo Rio, ainda fez questão de marcar o perfil oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na publicação.
“Aperta a tecla “1” para presidente e aprece o indicado do presidiário!”, diz Flavio se referindo ao candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad.
Flavio pediu para quem souber onde o ocorrido aconteceu, entrar em contato com ele para enviar zona e seção.
Confira:
Está acontecendo diante de nossos olhos. Aperta a tecla “1” para presidente e aprece o indicado do presidiário! Quem souber onde aconteceu isso, favor me enviar zona e seção. @TSEjusbr pic.twitter.com/qKB82lpSUu
— Flavio Bolsonaro 177 Senador_RJ (@FlavioBolsonaro) 7 de outubro de 2018
“Prezados, em caso de problemas com a urna filmem, de preferência gravem ‘lives’ e falem o Estado, zona e seção onde está ocorrendo o problema”, pediu o deputado federal por São Paulo e candidato à reeleição Eduardo Bolsonaro. Fazer vídeos e fotos e até mesmo portar aparelho celular, máquinas fotográficas ou filmadoras é crime eleitoral, enquadrado como tentativa de violação do sigilo do voto, com previsão de pena de até dois anos de detenção.
Seu irmão, o deputado estadual no Rio de Janeiro e candidato ao Senado Flavio Bolsonaro (PSL), foi além e replicou um vídeo publicado por um usuário do Facebook identificado como Lucas Andressa em que, filmando uma urna eletrônica, uma pessoa alega que, após apertar apenas a tecla “1”, o equipamento mostra o nome do presidenciável do PT, Fernando Haddad.
“Está acontecendo diante de nossos olhos. Aperta a tecla ‘1’ para presidente e aprece (sic) o indicado do presidiário! Quem souber onde aconteceu isso, favor me enviar zona e seção”, escreveu Flavio Bolsonaro no texto da publicação, em que marcou ainda a conta oficial do TSE.
Também no Twitter, a corte esclarece que as redes sociais da Justiça Eleitoral não são meios formais para o recebimento de “denúncias ou manifestação acerca de supostos crimes eleitorais, que precisam antes ser investigados pelo Ministério Público”.
A Justiça Eleitoral esclareceu que o vídeo é falso. As imagens mostram o teclado da urna, onde uma pessoa digita o restante do voto. Não existe a possibilidade de a urna auto completar o voto do eleitor, e isso pode ser comprovado pela auditoria de votação paralela. Questionado, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais divulgou no Youtube um vídeo explicando como foi feita a montagem com a narração de um técnico de edição. Assista:
Fonte: Estado de Minas
Créditos: Estado de Minas