Após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão na tarde desta segunda-feira (24), em Curitiba, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, afirmou que a democracia está diariamente sob ameaça no país.
“Nós entendemos que a democracia está sendo ameaçada diariamente com suposições. Uma hora é a urna eletrônica, outra hora é o resultado eleitoral. O mundo está observando o Brasil com muito cuidado, em função desses movimentos exóticos, estranhos à tradição que consolidamos depois da redemocratização”, disse.
A afirmação vem na esteira da entrevista concedida pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, em que diz ao jornal “Folha de S.Paulo” que “o batismo das urnas” vai tranquilizar o país e, “qualquer que seja o resultado, será respeitado”, inclusive pelos militares.
As declarações de Toffoli, por sua vez, são uma resposta ao candidato do PSL à Presidência Jair Bolsonaro e membros de sua campanha, como o general Hamilton Mourão (PRTB), que colocaram em descrédito a apuração das eleições por meio das urnas eletrônicas e a sugestão de que a Constituição Federal fosse alterada por meio de um “grupo de notáveis”.
Essa foi a segunda vez que Haddad visitou Lula na superintendência da PF, onde o ex-presidente está detido desde abril, desde que foi oficializado como candidato, no último dia 11. Haddad tem acesso livre ao ex-presidente por fazer parte de seu grupo de defesa, o que lhe garante acesso irrestrito à PF, ao contrário de outros parlamentares do PT.
Segundo Haddad, a campanha do PT a partir de agora vai se engajar no fortalecimento da democracia. “Vamos nos associar a movimentos sociais, populares e institucionais, independentemente de que instituição for, para o fortalecimento da democracia”, afirmou.
Fonte: UOL
Créditos: UOL