O candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, fez uma caminhada pelas ruas do Centro do Recife e terminou o ato político em frente à Pracinha do Diario, onde fez um comício ao lado da Frente Popular. Em discurso, ele prometeu reconciliar o Brasil. “Uma grande parte da população foio levada ao erro em 2016 e as pessoas acordaram. Não queremos revanchismo, mas, no nosso governo, o negro vai ser respeitado, a mulher vai ser respeitada, o nordestino vai ser respeitado. O recado para o nosso amigo ali (Bolsonaro) é: se a mulher cria um filho sozinha, ela vai receber mais atenção da gente”, declarou, em um dos trechos da fala, referindo-se à frase que o vice-presidente de Bolsonaro (general Mourão) falou durante a semana, na qual dizia que famílias carentes comandadas por “mãe e avó” era uma fábrica de desajustados.
O comício durou cerca de meia hora. Haddad voltou a criticar a prisão de Lula, dizendo que a pessoa que mais amou e se dedicou ao país nos últimos 50 anos, está sendo injustiçado.
“Digo a vocês, com toda segurança, passei por todos os estados do Nordeste e o Nordeste já sabe o resultado da eleição. Vamos segurar o Brasil integrado, sem raiva de ninguém com, muito amor para dar. O cara que teve mais amor por esse país, mais se doou, teve 50 anos de história é hoje o cara mais injustiçado. Eu sou advogado de Lula e quero estabelecer aqui que cada um possa ser o advogado do Lula”. Haddad ainda fez um afago ao Psol, ao lembrar do assassinato da vereadora Marielle Franco, que doou a vida “por uma causa justa”. Marielle era da comunidade LGTB e deixou uma companheira.
O governador Paulo Câmara (PSB) fez críticas ao senador Armando Monteiro Neto( (PTB), sem citar o nome do candidato, lembrando que ele votou a favor da reforma trabalhista. Para ele, Haddad representa a esperança do Brasil voltar a ser feliz. Ele sofreu uma reação do público, que ensaiou uma vaia. Renata Campos e João Campos, viúva e filho de Eduardo Campos, estavam presentes. “A gente tem uma caminhada de 15 dias para escolher o lado do povo, o lado de Eduardo, de Miguel Arraes, o lado de Lula. Do outro lado está o senador que apoiou a reforma trabalhista (…) Essas pessoas querem fazer em Pernambuco o mesmo mal que fizeram ao Brasil, mas a gente não vai deixar”.
Luciana Santos levantou a plateia ao começar o grito de guerra “Lula, Livre”. Ela começou o discurso cantando o coro “Lula livre, Lula livre”. “Vai avançar, vai avançar, a unidade popular, vai avançar, a unidade popular”. “A Frente Popular em Pernambuco existe desde Pelópidas. Ou estamos do lado do povo, da soberania nacional, ou estamos do lado de Temer. Em Pernambuco se repete o que acontece no Brasil. Aqui em Pernambuco, Lula é Paulo e Paulo é Lula”.
Fonte: Diário de Pernambuco
Créditos: Diário de Pernambuco