Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde(OMS) nesta sexta feira (21) revelou que o consumo de bebidas alcoólicas matou mais de três milhões de pessoas em 2016 – mais do que o total de vítimas da aids, violência e acidentes de trânsito juntos.
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O estudo afirma que o álcool é responsável por cerca de uma em cada 20 mortes em todo o mundo, incluindo os acidentes causados por motoristas embriagados, violência e abusos induzidos pelo álcool, além de uma ampla variedade de doenças. Mais de três quartos das vítimas são homens.
As mais de 3 milhões de mortes relacionadas ao consumo da substância registradas em 2016 – as estatísticas mais recentes disponíveis – correspondem a 5,3% de todos os óbitos naquele ano.
“Um número demasiadamente grande de pessoas, famílias e comunidades sofre as consequências do uso nocivo do álcool através da violência, lesões, problemas de saúde mental e doenças como câncer e derrames”, disse em comunicado o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O consumo de álcool está associado a mais de 200 problemas de saúde, como a cirrose hepática, e deixa as pessoas mais vulneráveis a doenças como a tuberculose, aids e pneumonia, diz o relatório.
Quanto aos jovens, os números são ainda mais alarmantes. De acordo com a OMS, 13,5% de todas as mortes de pessoas de idade entre 20 a 29 anos em 2016 têm relação com o consumo de álcool. A título de comparação, a aids é responsável por 1,8% das mortes em todo o mundo; os acidentes de trânsito, por 2,5%; e a violência, por 0,8% dos óbitos.
Apesar de alarmantes, os números ainda são menores do que os registrados no relatório anterior da OMS, divulgado em 2014. A agência afirma que há algumas tendências positivas, como a redução da ocorrência de mortes relacionadas ao álcool e ao consumo esporádico da substância desde 2010.
A OMS adverte, porém, que o grande número de “doenças e lesões causadas pelo consumo nocivo do álcool é inaceitavelmente alto”, especialmente na Europa e nas Américas. Estima-se que, em todo o mundo, 237 milhões de homens e 46 milhões de mulheres sofram de males provocados pelo consumo de álcool.
Na Europa, o problema atinge quase 15% dos homens e 3,5% das mulheres e, nas Américas, 11,5% dos homens e 5,1% das mulheres são afetados. Por outro lado, mais da metade da população com mais de 15 anos de idade se abstém completamente das bebidas alcoólicas.
Em média, os 2,3 bilhões de indivíduos considerados consumidores de álcool – aqueles que consumiram bebidas ao menos uma vez durante o ano – ingeriram 33 gramas diárias da substância pura, o que equivale, a grosso modo, a dois copos de vinho, uma garrafa de cerveja ou duas doses de destilados.
A Europa ainda é o maior consumidor per capita, com 10 ou mais litros de álcool puro consumidos anualmente, apesar de uma queda de mais de 10% registrada desde 2010. A OMS alertou, porém, que em outras regiões o consumo tende a aumentar. Isso ocorre especialmente na Ásia, com a China e a Índia registrando os números mais acentuados.
A OMS pede aos países que aumentem os impostos sobre as bebidas alcoólicas e proíbam as propagandas do produto, especialmente em eventos esportivos, como forma de coibir o consumo.
Fonte: Deutsche Welle
Créditos: Deutsche Welle