Enquanto o consumo de refrigerantes se desacelera, a Coca-Cola informa que está monitorando o segmento e está interessada no CBD – ou cannabidiol, o ingrediente não psicoativo da maconha. A empresa sediada em Atlanta vem discutindo com a canadense Aurora Cannabis o desenvolvimento de bebidas com o ingrediente, de acordo com reportagem da BNN Bloomberg Television.
“Estamos acompanhando de perto o crescimento do não psicoativo CBD como ingrediente em bebidas funcionais de bem-estar ao redor do mundo”, afirmou o porta-voz da Coca-Cola Kent Landers em e-mail enviado à Bloomberg News. “O segmento está evoluindo rapidamente. Nenhuma decisão foi tomada até agora.” Landers se recusou a comentar sobre a Aurora.
A possível entrada da Coca-Cola no ramo de maconha ocorreria em um momento em que fabricantes de bebida tentam adicionar cannabis como ingrediente da moda, dado que o negócio tradicional delas vem perdendo fôlego. No mês passado, a Constellation Brands, fabricante da cerveja Corona, anunciou que vai gastar US$ 3,8 bilhões para aumentar sua participação na Canopy Growth, produtora de maconha com valor de mercado superior a 13 bilhões de dólares canadenses (US$ 10 bilhões).
A Molson Coors Brewing está montando uma joint venture com a Hydropothecary, de Quebec, para desenvolver bebidas com cannabis no Canadá. A Diageo, fabricante da Guinness, está negociando com pelo menos três produtoras de cannabis do Canadá, de acordo com reportagem veiculada pela BNN Bloomberg no mês passado.
A Lagunitas, divisão de cerveja artesanal da Heineken, lançou uma marca especializada em bebidas não alcoólicas com THC, o ingrediente ativo da maconha.
A Coca-Cola já estava se diversificando para enfrentar a queda do consumo de refrigerantes. A companhia, dona de marcas icônicas como Coca e Sprite, anunciou a compra da rede Costa Coffee por US$ 5,1 bilhões em agosto e na última década passou a atuar com sucos, chás e água mineral.
Fonte: Infomoney
Créditos: Bloomberg