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Sob a custódia do Estado, Fabiano Gomes agoniza e pode morrer. De quem será a culpa? - Por Dércio Alcântara

Nós jornalistas não podemos deixar que eletrocutem Fabiano Gomes numa cadeira elétrica

Por favor peço que me digam de quem será a culpa se Fabiano Gomes vier a óbito nos próximos dias? Eu preciso de um nome para talhar na lápide digital daquele que todos nós da imprensa paraibana deveremos acusar como o algoz de Fabiano Gomes.

Até o matuto mais bestinha da zona rural de Cajazeiras, terra natal do radialista, sabe que amordaçaram Fabiano Gomes dentro de um cubículo do ex-presídio de segurança máxima PB1 para ele não bater com a língua nos dentes e entregar um rosário de gente que tem cara de bom cidadão, mas tem rabo de palha maior que a extensão  da BR 230 dentro da Paraíba, nascendo em Cabedelo como a internacionalmente conhecida Transamazônica.

Fabiano agoniza com diabetes avançada, problemas renais, de nervos e autoestima. Desconfio que o objetivo é o extermínio psicológico para ele tremer na base e amarelar, ficando pianinho e deixando quieto tudo que sabe.

Fabiano é um arquivo vivo, uma caixa preta e aquela cela úmida que estaria lhe levando à loucura é a lobotomia determinada como castigo e injeção letal.

Nós jornalistas não podemos deixar que eletrocutem Fabiano Gomes numa cadeira elétrica, pois não há pena de morte no Brasil e os motivos dos exageros contra Fabiano começam a ficar evidentes.

Mordaça, mordaça, mordaça. Calma violência, violência calma.

Fonte: Dércio Alcântara
Créditos: Dércio Alcântara