Uma professora foi demitida da escola onde trabalhava por causa de um comentário preconceituoso direcionado aos nordestinos.
A mulher, identificada como @RezendeLoraC no Twitter, apagou seu perfil após a má repercussão do comentário. Internautas, no entanto, descobriram perfis da agressora em outras redes sociais.
O Ministério Público Federal e a Polícia Federal receberam denúncias sobre o episódio
Tudo começou quando uma jornalista do Ceará denunciou que uma facção criminosa estaria proibindo campanhas relacionadas a um candidato à Presidência da República.
A agressora @RezendeLorac retuitou a postagem com o seguinte comentário: “Por isso tem que separar norte e sul. Se f*** esses nordestinos alienados. Fiquem com os presidentes comunistas perfeitos de vocês”.
A mulher demitida trabalhava em uma escola municipal de Teresópolis, no Rio de Janeiro.
Segundo a jornalista cearense Camila Soares, a professora já havia realizado outras postagens raivosas nas redes sociais.
“Pesquisei para ver se havia outros tweets no mesmo nível e achei alguns. Pensei que ela fosse mais uma dessas contas falsas e não era”, disse Camila.
Camila denunciou a professora usando o registro das publicações como prova ao Ministério Público Federal (MPF), à Polícia Federal e ao Safernet, ONG que defende os direitos humanos na internet.
Depois que Camila divulgou nas redes sociais que havia oficializado a denúncia, a professora tentou se desculpar.
“Logo depois, no Twitter que tinha sido denunciado, ela reativou a conta pra me pedir perdão e também para retirar as denúncias, mas eu não retiro nenhuma denúncia. Daí disse que estava arrependida, que era cristã, que não deveria ter feito aquilo, que não sabia que era ofensivo, que lamentava”, relatou Camila.
A Secretaria da Educação de Teresópolis informou que a autora dos insultos contra nordestinos foi advertida e teria a demissão oficializada em breve.
A Prefeitura disse ainda que a funcionária, que não teve o nome divulgado, fazia parte de programa chamado Operação Trabalho, mas que “por problemas de enquadramento”, seria desligada.
Camila disse que esperava mais que uma demissão: “A princípio, ela chegou a dizer que eu poderia denunciar à vontade porque ela tinha uma conta reserva. Melhor que ela ser demitida é que ela seja suspensa e que o Município realize, de algum modo, uma atividade escolar de valorização do Nordeste, talvez, a realização de uma semana escolar do Nordeste…”.
Fonte: Pragmatismo Politico
Créditos: Pragmatismo Politico