O presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse nesta terça-feira, 4, que “vai trabalhar” para votar na quarta-feira a Medida Provisória 838, que garante o subsídio para o preço do diesel. A medida foi editada pelo governo durante a greve dos caminhoneiros, no fim de maio, como um dos pontos do acordo para o fim da paralisação do setor de transporte de cargas.
Eunício avisou que, por se tratar de um esforço concentrado, a matéria não vai precisar cumprir o ritual tradicional de tramitação e deve ser puxada para votação em Plenário já amanhã. “Nós temos uma condição de esforço concentrado. Então, como estamos nessa condição, vou quebrar o interregno de prazo porque não vamos estar aqui no dia a dia. Se (a MP do óleo diesel) for votada na Câmara, vamos votar aqui”, disse antes de ser informado que o texto já foi aprovado pelos deputados. “Vou trabalhar para votar amanhã então”, complementou.
A MP 838 subsidia em R$ 0,30 o preço do diesel, a um custo de R$ 9,5 bilhões ao Tesouro Nacional até o fim deste ano. Havia uma preocupação do governo sobre o prazo para a votação da MP, que precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até o dia 10 de outubro. Caso contrário, a medida perderá a validade.
Eunício também descartou a possibilidade de o Senado aprovar ainda em setembro o PLC 77/2018, que destrava o processo de privatização das distribuidoras da Eletrobrás. “Não é hora de votar questão de distribuidoras, é complicado votar com o quórum baixo”, disse Eunício.
Com isso, a matéria só deverá ser votada em plenário no dia 9 de outubro, após o primeiro turno das eleições, segundo informou o vice-líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). Isso porque, segundo Eunício, os trabalhos no Senado vão voltar ao normal a partir de 8 de outubro.
Ele disse, inclusive, que já marcou uma sessão do Congresso para o dia 10 de outubro, quando pretende colocar em votação o veto do reajuste dos profissionais dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias. “Combinei com os agentes comunitários para votar (o veto) no dia 10 de outubro”.
Fonte: Estadão
Créditos: Estadão