A Polícia Civil identificou dois homens suspeitos de furtarem a medalha Fields, considerada o Prêmio Nobel da Matemática, do iraniano Caucher Birkarfurtada. O estrangeiro teve o prêmio levado 30 minutos após recebê-la, em cerimônia no Riocentro na tarde desta quarta-feira (1º).
O auditório estava lotado e entre os presentes estava o ministro da Educação, Rossieli Soares.
A medalha foi levada após Caucher deixar o objeto, a carteira e um celular, dentro de uma pasta em cima de uma mesa do pavilhão onde ocorreu o evento.
Depois de o professor ter percebido o furto, a equipe de segurança encontrou a pasta jogada embaixo de uma arquibancada, mas ela só continha o celular. Até as 14h, a medalha e a carteira do premiado não tinham sido recuperadas.
O prêmio é de ouro e custa U$ 4 mil, o equivalente a R$ 15 mil.
Os seguranças do Riocentro usaram câmeras para tentar localizar o autor do furto e, segundo informações, um suspeito já foi identificado.
Caucher é refugiado no Reino Unido e é professor na Universidade de Cambridge. Além dele, o italiano Alessio Figalli, o alemão Peter Scholze e o indiano Akshay Venkatesh receberam o prêmio na manhã desta quarta-feira (1).
Em nota, a organização do Congresso Internacional de Matemáticos (ICM 2018) informou que “lamenta o desaparecimento da pasta do matemático Caucher Birkar que continha a Medalha Fields recebida na cerimônia desta manhã”.
As imagens registradas no evento estão sendo analisadas. A organização disse que está colaborando com as autoridades policiais na investigação do caso.
Pela primeira vez, a comenda foi entregue no Brasil, onde acontece o Congresso Mundial de Matemática, com a presença de mais de três mil matemáticos. A cerimônia aconteceu no Pavilhão 6 do Riocentro, na Zona Oeste do Rio.
A medalha Fields, oficialmente conhecida como Medalha Internacional de Descobrimentos Proeminentes em Matemática, é um prêmio concedido a dois, três ou quatro matemáticos com não mais de 40 anos de idade. Eles recebem o prêmio a cada quatro anos por suas contribuições à disciplina.
Fonte: G1
Créditos: G1