O Brasil ganhou 4,5 milhões de eleitores em comparação com as últimas eleições gerais realizadas em 2014. Atualmente, o país tem 147,3 milhões de pessoas aptas a votar nas eleições marcadas para o dia 7 de outubro, representando um aumento de 3,1%.
Em 2014, quando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita, 142,8 milhões estavam com situação regular na Justiça Eleitoral e puderam exercer escolher os seus representantes no Legislativo e Executivo federal e estadual.
No entanto, o número de jovens menores de idade aptos a votar caiu: passou de cerca de 1,6 milhão, em 2014, para 1,4 milhão em 2018. Isso representa uma redução de 14,4% no número de eleitores faixa etária. Essa parcela do eleitorado não é obrigada a votar, assim como as pessoas que têm mais de 70 anos.
Os dados sobre o eleitorado brasileiro foram divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na manhã desta quarta-feira (1º) e reúnem as estatísticas auditadas até o final de julho, após o fim do prazo dado para expedição de novos títulos de eleitores e modificações cadastrais.
Segundo a Justiça Eleitoral, o eleitor médio brasileiro é:
- mulher (52,5%),
- tem entre 45 e 59 anos de idade (24,3%)
- solteiro (59,6%)
- tem o ensino fundamental incompleto (25,8%)
- vive em São Paulo
O estado continua sendo o maior colégio eleitoral do Brasil, com mais de 33 milhões de cidadãos em condições de votar. A cidade de São Paulo é o município com maior número de eleitores: 9.052.724.
Ao todo, 1.409.774 eleitores não poderão votar ou receber votos neste ano por estarem com os direitos políticos suspensos.
Cresce 41% número de eleitores no exterior
O número de pessoas que votarão para presidente fora do Brasil nas eleições deste ano teve um aumento de 41% em relação a 2014. Naquele ano, 354.184 registraram ou justificaram o voto junto às embaixadas brasileiras. Este ano, há 500.727 eleitores cadastrados para voto no exterior.
Segundo o TSE, o aumento pode ser explicado pela facilitação do cadastro de brasileiros residentes no exterior na Justiça Eleitoral, após parceria do tribunal com o Ministério das Relações Exteriores. A Justiça Eleitoral cita a criação do Título Net Exterior e e-título, que substitui o documento em papel, como medidas de facilitação do alistamento e da transferência do eleitor que reside lá fora. Antes, a versão impressa precisava ser transportada por mala diplomática para chegar ao eleitor residente em outro país, o que dificultava o processo.
Maioria feminina e nome social de trans
Com 52,5% do total dos eleitores aptos a votar, a maioria do eleitorado continua feminino. São ao todo 77.337.918 eleitoras cadastradas na Justiça Eleitoral e em condições de escolher seus representantes. Houve um leve crescimento dessa parcela de eleitores em relação a 2014, quando as mulheres representavam 52,1% do total. Os homens representam 47,5% dos eleitores.
Neste ano, pela primeira vez, transexuais e travestis terão o nome social expresso no título de eleitor e no caderno de votação. A medida foi aprovada em março pelo TSE. Ao todo, 6.280 pessoas solicitaram a inclusão do nome social no título de eleitor e no caderno de votação.
Nº de eleitores com mais de 70 cresceu
Enquanto o número de adolescentes aptos a votar caiu, o número da parcela da população cujo voto também é facultativo aumentou. O número de eleitores com mais de 70 anos cresceu 11,1% em comparação às eleições de 2014, passando de um pouco mais de 10,8 milhões para 12 milhões, em 2018.
A maioria dos eleitores brasileiros está entre a faixa etária de 45 e 59 anos de idade, correspondendo a 24,3% do eleitorado nacional. Ela é seguida dos que tem entre 25 a 34 anos e que representam 21,2 % do total de eleitores.
Metade dos eleitores usará biometria
Metade dos eleitores vai usar a digital para se identificar nas sessões eleitorais. A identificação biométrica será obrigatória para 50% dos eleitores. O número cresceu 240% em relação à eleição anterior, quando 15,2% do eleitorado usou a identificação digital na hora do voto.
O número de eleitores com deficiência, ou seja, aqueles que precisam de atendimento especial no dia da votação e podem votar em seções adaptadas pela Justiça Eleitoral quase dobrou. Ao todo, 940.613 eleitores declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. Em 2014, esse número era 436.550.
Fonte: UOL
Créditos: UOL